crise na saúde

Termina a greve dos médicos no Ouro Verde

Categoria e Prefeitura chegaram a acordo em audiência sexta-feira

Henrique Hein/AAN
henrique.hein@rac.com.br
03/03/2018 às 09:53.
Atualizado em 22/04/2022 às 15:09

Encerrada: paralisação dos médicos do Hospital Ouro Verde chegou ao fim ontem após audiência de mediação (Cedoc/RAC)

Uma audiência de mediação na tarde sexta-feira no Ministério Público do Trabalho encerrou a greve dos médicos do Hospital Ouro Verde, em Campinas, que voltaram ao trabalho já na noite de sexta-feira. A Prefeitura Municipal e o Sindicato dos Médicos de Campinas e Região (Sindimed) estabeleceram os termos do acordo, que foi votado e aprovado em assembleia. As partes se comprometeram a traçar um cronograma de reuniões e a abrir um canal de diálogo. A Prefeitura disse que vai a pagar as notas relativas aos serviços prestados pelos médicos no prazo de até 15 dias após comprovada a regularidade de toda a documentação e mediante a comprovação da efetiva prestação desses serviços. Com relação às notas fiscais dos serviços prestados em dezembro de 2017, cuja documentação já esteja em ordem, o Município se comprometeu a quitá-las na próxima semana. Os médicos celetistas (que trabalham pelo regime do CLT) continuarão recebendo o pagamento regular de salário até que seja decidida a situação da nova administração pela rede Mario Gatti dos serviços do Hospital Ouro Verde, e os serviços prestados durante a greve serão devidamente pagos. Além disso, a Prefeitura também se comprometeu a “envidar esforços” para evitar a falta de materiais e de medicamentos para o atendimento hospitalar - uma das reclamações por parte dos médicos durante a audiência. O Município deixou claro que o cumprimento do acordo está condicionado ao retorno dos médicos ao trabalho. Da audiência, mediada pelo procurador do trabalho Claude Appy, participaram o secretário de Saúde de Campinas, Carmino de Souza, o presidente do Mário Gatti e interventor do Ouro Verde, Marcos Pimenta, e o presidente do Sindimed, Casemiro Reis. Greve Na última quarta-feira, uma assembleia decidiu pela manutenção da paralisação até ontem - ela poderia continuar ou não dependendo do resultado da audiência. Durante o período de greve, apenas os atendimentos nos setores de urgência, internação, ambulatorial e pós-operatório funcionaram, enquanto as cirurgias e consultas eletivas foram suspensas. Os médicos reivindicavam o pagamento imediato de todos os salários atrasados (quatro meses, segundo os grevistas). Eles também exigiam uma garantia da Prefeitura de que os insumos de materiais e medicamentos usados na unidade fossem repostos. Durante todo o período da greve, o Sindimed insistiu neste problema, especificando que havia uma grande oscilação no fornecimento destes produtos, o que estava colocando em risco a segurança dos trabalhadores e também da população. A Prefeitura, por seu lado, salientou que não havia falta de insumos no hospital, mas que, “assim como em qualquer outra empresa, poderiam ocorrer algumas falhas pontuais, mas que sempre eram sanadas”. O sindicato dos médicos informou ainda queria uma garantia da Prefeitura de que 1,5 mil funcionários, que correm risco de demissão em massa com o término do contrato entre a Prefeitura com a OS Vitale, tivessem seus cargos mantidos.

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