Categoria deflagra paralisação a partir de hoje; TST considera protesto ilegal
Tropa de Choque do BAEP aumenta tensão na Refinaria de Paulínia (Leandro Ferreira/AAN)
A movimentação na Refinaria de Paulínia (Replan)e arredores deve seguir pelos próximos dias, devido à continuidade dos caminhoneiros autônomos na entrada do megapolo petrolífero, tanto quanto pela greve deflagrada a meia-noite de ontem pelos petroleiros, planejada para durar três dias. O Tribunal Superior do Trabalho (TST) considerou ontem à noite ilegal a grave dos petroleiros e estipulou multa diária de R$ 500 mil em caso de descumprimento da decisão. O Governador do Estado de São Paulo, Márcio França (PSB), informou que a situação deve começar a ser normalizada, devido ao acordo com dos caminhoneiros do pacote de propostas do Governo Federal. Segundo ele, na última exta-feira, havia 15 mil caminhoneiros nas estradas do Estado. Ontem, o número teria reduzido de 1,5 mil. Alexandre Patrício, conhecido pelos companheiros como Mão Branca, devido a ter vitiligo, afirma que ninguém deixará o local até que sejam firmados acordos permanentes, sem data para expirar, conforme proposto até agora. Isso porque, segundo ele, não são vinculados a nenhum sindicato. No início da tarde, o Sindicato Unificado dos Petroleiros do Estado de São Paulo (Sindipetro Unificado-SP) declarou em nota, estar surpreso pela presença de uma tropa de militares e policiais dentro da refinaria. “A ação nos pareceu uma tática de intimidação da empresa, de ameaça aos trabalhadores, diante da greve prestes a começar” , afirmou Gustavo Marsaioli, coordenador da regional de Campinas. Marci Elber Rezende, tenente-coronel do BAEP, comentou o fato esclarecendo que, a força policial aproveitou a oportunidade para reconhecer o terreno, tendo em vista a possibilidade de greve. Porém, afirmou não haver “vínculo nenhum com a Replan na operação de hoje (terça).”Em nota, a Petrobras diz que “tomará as medidas necessárias para garantir a continuidade das operações.”