Cidade amanheceu ontem com o céu nublado e a máxima registrada durante o dia foi de 19ºC
Cidade amanheceu ontem com o céu nublado e a máxima registrada durante o dia foi de 19ºC (Cedoc/RAC)
A frente fria que chegou a Campinas no fim de semana e derrubou as temperaturas ganhou reforço com a entrada de uma nova massa polar de ar fria e úmida que passa pelo Estado de São Paulo. A cidade amanheceu ontem com o céu nublado e a máxima registrada foi de 19ºC no período da tarde. O predomínio, segundo o Centro de Pesquisas Meteorológicas da Unicamp (Cepagri), será ainda de céu nublado nos próximos dias. Apesar disso, a queda na temperatura deve ser acentuada e não deverá ser maior que a registrada na segunda quinzena de maio e que derrubou os termômetros. Mas o campineiro já sentiu na pele a mudança na temperatura e aproveitou para tirar do guarda-roupa as botas, gorros e casacos. A manicure Maria de Fátima dos Anjos, de 25 anos, estava acompanhada do filho Matheus, de 3 anos no centro da cidade, ambos bem agasalhados. “Acordamos e percebemos a mudança no tempo. Ontem já havia esfriado um pouco, mas hoje gelou. Haja casaco”, brincou. “Mais importante ainda é vestir bem as crianças que são mais vulneráveis a problemas de saúde nessa época do ano”, completou. A aposentada que passava perto de Maria comentou. “Frio mesmo! Ela está certa. É hora de tirar todos os acessórios da gaveta”, disse. Ainda segundo o Cepagri, nos próximos dias, com o céu nublado, mesmo que sejam baixas a chances, poderão ocorrer chuvas fracas e localizadas na região, devido à influência da frente fria. A previsão para hoje é de temperaturas baixas, com máxima de 18ºC e mínima de 09ºC. Umidade do ar Já a umidade relativa do ar mínima está em torno de 50%, o que é positivo, mas não deve durar muito, segundo a pesquisadora do Cepagri, Ana Ávila. “A umidade do ar ontem passou de 26% para 52% e deve continuar nesta quarta-feira. Já no final da semana deve ter uma redução para 40%, o que significa passar para estado de atenção novamente. É uma melhora, mas temporária”, alerta. “Com o monitoramento percebemos essa melhora na qualidade do ar. Abaixo de 30% começa a ser preocupante e pode se tornar um problema de saúde pública, com a chegada de doenças respiratórias por exemplo”, completou. Campinas estava vivendo o segundo período mais seco da sua história nos seis primeiros meses deste ano, segundo os registros do Cepagri. De janeiro a junho choveu apenas 467,6 milímetros, enquanto a média esperada para o período é de 815,8 mm, ou seja, está 57% do total esperado para o período. A cidade viveu situação parecida somente no primeiro semestre de 2014 quando São Paulo sofreu sua maior crise hídrica.