INDAIATUBA

Técnicos abrem estudo para recuperar casarão Pau Preto

Avaliação de danos é 1ª etapa de restauro de prédio; trabalhos devem durar 6 meses

Inaê Miranda
02/09/2013 às 08:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 23:14
Casarão Pau Preto, antiga sede de fazenda, hoje na área urbana de Indaiatuba ( Leandro Ferreira/AAN)

Casarão Pau Preto, antiga sede de fazenda, hoje na área urbana de Indaiatuba ( Leandro Ferreira/AAN)

Considerado o mais importante patrimônio arquitetônico de Indaiatuba, o Conjunto Histórico Casarão Pau Preto receberá obras de melhorias após dois rompimentos seguidos de uma adutora, no início do ano, provocarem a movimentação da parede do prédio e colocar em risco a edificação de 200 anos. Um escritório especializado irá diagnosticar os problemas estruturais e definir as intervenções necessárias. A expectativa da Prefeitura é de que os trabalhos de restauro sejam realizados em um período de seis meses.As prospecções murárias para avaliar estado de conservação, estabilidade e critérios de restauro das alvenarias históricas afetadas serão realizadas pelo professor de História da Arte da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marcos Tognon, e o professor Eduardo Salmar, do escritório Arquiterra. “O escritório foi contratado por empresas parceiras da Prefeitura Municipal de Indaiatuba para definir as modalidades de intervenção nas estruturas abaladas”, explicou Tognon.O prédio foi construído no século 19, por meio da mão de obra escrava, utilizando alvenarias de taipa de mão, taipa de pilão e tijolo cerâmico auto-portante. Na última terça-feira foi realizada uma vistoria pelos técnicos da Prefeitura, o superintendente da Fundação Pró-Memória, responsável pelo casarão, e o arquiteto Marcos Tognon. De acordo com o arquiteto Rubens Oliveira, da Secretaria de Planejamento Urbano, foram estabelecidos critérios da avaliação. “Partes do revestimento das paredes danificadas serão removidas para prospecção.” O início do trabalho aguarda a autorização da Fundação Pró-Memória.A obra que seguirá após a prospecção será dividida em três fases, executadas simultaneamente. A primeira será a recuperação da fachada, depois a construção dos sanitários, adaptação e reforma da reserva técnica, pintura dos edifícios e manutenção elétrica e hidráulica. Por fim, também haverá a execução do “calçadão” e estreitamento do leito carroçável. O edifício foi interditado para visitação até que as obras sejam concluídas, o que deve ocorrer em um prazo de seis meses após o seu início efetivo, dentro de 20 dias.

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