gramado do Parque Brasil 500

Técnico de enfermagem morre ao cair com paramotor em Paulínia

Queda ocorreu por volta das 8h30, no gramado do Pq. Brasil 500 e será investigada pela Polícia Civil

Alenita Ramirez/ [email protected]
26/01/2023 às 09:00.
Atualizado em 26/01/2023 às 09:00
Equipe realizou perícia no local e uma câmera que teria sido usada por Reginaldo França durante o voo foi apreendida (Divulgação)

Equipe realizou perícia no local e uma câmera que teria sido usada por Reginaldo França durante o voo foi apreendida (Divulgação)

Um técnico em enfermagem de 39 anos morreu na manhã de quarta-feira (25) ao cair de paramotor enquanto voava em Paulínia. O acidente aconteceu por volta das 8h30, no gramado do Parque Brasil 500, próximo à Prefeitura e ao Teatro Municipal. Reginaldo Aparecido de França chegou a ser socorrido por um médico que caminhava no local, sendo levado ao Hospital Municipal da cidade por uma ambulância, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A tragédia foi registrada como morte suspeita e será investigada pela Polícia Civil.

De acordo com o inspetor da Guarda Municipal (GM), Herycon França de Oliveira, a vítima era natural de Valinhos, morava em Barão Geraldo e estava a passeio na cidade. O local onde ele se encontrava, segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Paulínia, é muito usado para a prática de esportes e por praticantes desse tipo de voo. 

“As pessoas usam a área como circuito, para decolagem e pouso com esse tipo de equipamento. Ele decolou lá mesmo. Estava sobrevoando, mas, não sabemos ainda por qual o motivo - se foi uma falha mecânica ou um vento forte - que fez com que ele perdesse o controle e o equipamento perdeu a orientação e ele caiu em queda livre”, comentou Oliveira.

A Polícia Técnico-Científica e um capitão da 4º Serviço Regional de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), ligado ao Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados. Por meio de nota, a Cenipa informou que, por se tratar de aparelho de desporto, não é realizada investigação pelo órgão federal sobre a motivação da queda.

“De acordo com o Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) 103, aeronaves com propósito exclusivo de desporto e recreação não são detentoras de certificado de aeronavegabilidade”, explica o texto na nota.

A perícia foi realizada e uma câmera apreendida, a qual, supostamente, estava sendo usada por França durante o voo. 

Paixão 

A reportagem apurou que o técnico em enfermagem tinha o paramotor há anos e praticava o esporte há mais de sete anos, sendo filiado a um clube de voo.

Um paramotor tem velocidade entre 20 e 80km/h e pode chegar a cerca de quatro mil metros de altitude. O recorde de altitude foi batido pelo brasileiro Leandro Saadi, com 4.772 metros, em 2013. Já o recordista em distância é o catarinense José Ricardo de Castro, com 902 quilômetros percorridos em outubro de 2022. Entretanto, os voos praticados por amantes do paramotor giram entre 50 e 300 metros de altura.

De acordo com as publicações nas redes sociais, França era um apaixonado pela modalidade de voo, inclusive, existem diversas postagens de fotos e vídeos.

Em umas das fotos publicadas no Facebook, ele aparece com o equipamento no gramado do Parque Brasil 500, local onde se acidentou na quarta-feira (25). Segundo um amigo dele, a gravação foi feita pouco antes da queda.

O técnico era concursado da Prefeitura de Campinas desde 2015 e trabalhava no Centro de Saúde Santa Odila. Ele também atuou no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) até julho de 2015. Ele deixa esposa e dois filhos.

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