ocupação de leitos

Taxas pesam a favor de retrocesso

A taxa média de ocupação de leitos nos últimos sete dias nas 42 cidades da região foi de 75,3%, bem próxima dos 80% que determinam o retorno à 1ª fase

Maria Teresa Costa
19/06/2020 às 07:38.
Atualizado em 28/03/2022 às 22:21
Apesar da reabertura do comércio da cidade, a taxa de isolamento de Campinas se mantém próxima do que estava antes do início da flexibilização (Wagner Souza/AAN)

Apesar da reabertura do comércio da cidade, a taxa de isolamento de Campinas se mantém próxima do que estava antes do início da flexibilização (Wagner Souza/AAN)

Com o crescimento da taxa de ocupação de leitos de UTI para pacientes com Covid-19 na região de Campinas, aumentou a possibilidade de ser anunciada hoje a regressão para a fase vermelha, onde apenas serviços essenciais funcionam. A taxa média de ocupação de leitos nos últimos sete dias nas 42 cidades da região foi de 75,3%, bem próxima dos 80% que determinam o retorno à primeira fase de flexibilização no Plano São Paulo. O secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, informou que os dados de hoje serão avaliados para a tomada de decisão. “A situação das regiões de Campinas e Sorocaba é extremamente preocupante", afirmou. Em Sorocaba, a taxa ficou ontem em 83%. Segundo ele, se analisada a situação pontual da cidade de Campinas, o ocupação ontem ficou em 90% e uma taxa de internação de 104% na comparação dos últimos sete dias com a semana anterior. Em Sorocaba, as internações aumentaram 107% no período. “O alerta para essas regiões é grande”, disse. O prefeito Jonas Donizette afirmou ontem que não terá problema em retroceder, se for necessário, apesar da preocupação em relação às atividades econômicas, com a subsistência das famílias, mas, segundo ele, deve prevalecer o respeito à vida. Vinholi disse que 60 respiradores foram enviados à região de Campinas e outros 60 serão liberados para Campinas e Sorocaba. Os novos equipamentos permitirão ampliar a capacidade de UTIs nas duas regiões. “Nossa preocupação com as duas regiões é evitar o colapso no sistema de saúde, porque estamos vendo um crescente número de casos e de ocupação hospitalar”, detalhou. A situação, ontem, mostrava que estavam internados em hospitais, nas 42 cidades, 307 pacientes com Covid-19 e outros 237 com suspeita da doença, totalizando 148 novas internações em relação à terça-feira entre casos confirmados e suspeitos. Mas cresceram em 88,9% as novas internações na comparação dos últimos sete dias com a semana anterior. Apesar do crescente aumento de casos, a taxa de isolamento social vem se sustentando em 46% em Campinas, com pouca variação em relação ao período anterior da retomada gradual das atividades. O prefeito disse que as pessoas têm que se conscientizar que não é porque o comercio abriu que podemos relaxar. “A situação ainda é crítica e precisamos da responsabilidade individual. Quem puder, fica em casa. Quem precisar sair, use máscara, adote o distanciamento social. Nosso esforço é para garantir atendimento médico a todos que precisarem, e a população tem que colaborar fazendo sua parte”, disse.

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