TENDÊNCIA

Tatuagem já se incorpora ao cenário urbano

Nas ruas, pessoas de todos os estilos exibem grandes desenhos nos braços, nas pernas, e se orgulham de seus significados

Agência Anhanguera de Notícias
24/04/2018 às 07:35.
Atualizado em 28/04/2022 às 06:35
"Riscar" o corpo deixa cada vez mais de ser alvo de preconceito e atualmente encontra apreciadores de todas as faixas etárias (Dominique Torquato/AAN)

"Riscar" o corpo deixa cada vez mais de ser alvo de preconceito e atualmente encontra apreciadores de todas as faixas etárias (Dominique Torquato/AAN)

As tatuagens vêm se tornando algo cada vez mais comum nas paisagens urbanas. Nas ruas, pessoas de todos os estilos exibem grandes desenhos nos braços, nas pernas, e se orgulham de seus significados. O estigma de que tatuagem é algo feito nas instituições penitenciárias tem desaparecido aos poucos, embora ainda permaneça forte em algumas pessoas. As tatuagens costumam marcar uma boa lembrança, uma frase significativa ou algo feito para embelezar o corpo para quem olha para ela todos os dias, mas ainda passa uma visão destorcida para algumas pessoas, sejam familiares, amigos ou totais desconhecidos. Os tatuados não se incomodam, e têm confiança de que o preconceito desapareça ainda mais com o tempo. A origem da tatuagem é datada de muito antes de Cristo. O registro mais antigo de uma tatuagem foi encontrado por historiadores em 1991, em um cadáver congelado de um homem da Idade do Cobre, datado de 3.300 a.C. Apelidado pelos pesquisadores de “Ötzi”, o homem tinha diversas linhas em seu corpo, principalmente nas regiões das costas, tornozelo, pulsos, joelhos e pés. Os cientistas que estudaram os restos mortais de Ötzi acreditam que os desenhos tenham sido feitos a partir da fricção de carvão em cortes verticais feitos na pele. Durante os estudos, exames de raio X revelaram degenerações ósseas ao lado de cada uma das tatuagens do homem da Idade do Cobre, o que levou os cientistas a acreditarem que são ancestrais de parte dos europeus, utilizasse os desenhos como uma espécie de tratamento médico para dor. Segundo Jb Neto, tatuador há três anos em Vinhedo, o pensamento em torno das tatuagens tem se tornado menos preconceituoso com o passar do tempo. “Tem mudado muito por causa da cultura, e também por uma outra visão que surgiu por parte da religião. Virou algo comum, não é mais tão raro" , afirmou o tatuador. Para ele, o fato de mais pessoas terem a pele marcada tem contribuído para que isso fosse mais aceito, mas isso não impede que o preconceito ainda exista. “Tenho vários clientes médicos, advogados, e até policiais, mas o preconceito ainda existe”, diz Neto. Para ele, é importante que esse preconceito sobre quem tem tatuagem seja excluído, já que “tatuagem não define caráter”, segundo Neto. “Eu sempre incentivo meu clientes a tatuarem onde quiserem, porque, assim, eles vão mudar o pensamento das pessoas ao seu redor”, defende ele. 

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