Muita gente aproveitou para fazer uma nova tatuagem. Uma delas foi Zilda César Mangani, de 83 anos, que fez a tatuagem há quatro meses e voltou na feira para fazer uma nova
Idosa de 83 anos fez sua segunda tatuagem durante a feira ( Carlos Sousa Ramos / AAN)
Tudo indica que tatuar o corpo caiu de vez no gosto popular. Prova disso foram os diferentes públicos que passaram pelo Campinas Tattoo Fest, que ocorreu de sexta até este domingo, 21, no Expo Dom Pedro, no Parque D.Pedro Shopping, em Campinas. Entre as quase 10 mil pessoas que visitaram o local, muitas aproveitaram para fazer uma nova tatuagem ou conhecer as tendências do mercado. Entre as novidades estão as tatuagens brancas, 3D, aquarela, pontilismo, entre outras. Zilda César Mangani, 83 anos, fez a primeira tatuagem há quatro meses junto com a neta, a enfermeira Vanessa Mangani, 39 anos. “Foi para homenagear minha filha que se curou de um câncer de ovário, nós duas fizemos o mesmo desenho”, conta. Como gostou muito da experiência voltou na feira para fazer uma nova tatuagem. “Vi uma tatuagem linda de Nossa Senhora Aparecida e resolvi fazer. Adorei o resultado, ficou linda”, disse Zilda. O tatuador Tiago José Ciurcio, 40 anos, que é artista plástico e aproveitou o talento para entrar no universo da tatuagem, conta que o mercado teve um grande crescimento nos últimos 10 anos, principalmente de pessoas mais velhas. “A grande maioria dos meus clientes tem mais que 50 anos”, conta. Um dos destaques da feira era o Coveiro Maldito, um jovem de 26 anos que começou a se tatuar após trabalhar por um ano no Instituto Médico Legal (IML). Como via muitas autópsias se inspirou com o tema e resolveu reproduzir no corpo. “Queria mostrar para as pessoas como é um corpo em deterioração. Para terminar de fechar o corpo só falta a perna”, conta o jovem que não revela o nome e não mostra o rosto. “Atualmente sou muito requisitado para trabalhar em eventos, por conta do visual excêntrico”, diz. Muitas famílias com filhos pequenos também visitaram o evento. Laís Fernanda Carvalho, 23 anos, veio do Guarujá com o marido e os dois filhos. “Tenho 8 tatuagens e aproveitei para fazer mais uma na perna. Como demora um pouco minha filha acabou deitando do meu lado e dormindo”. Cada dia é mais comum ver mulheres tatuadoras, como é o caso de Nadine Correa que estava tatuando a jovem estudante Giovanna Françoso, 21 anos. “Acabo tendo um grande público feminino que não gosta de se tatuar com homens”, afirma Nadine.