As consultas foram suspensas na segunda-feira e na manhã desta terça. O hospital está reagendando os atendimentos para as próximas duas semanas
Paciente aguarda por atendimento em hospital (Eric Rocha/AAN)
A greve dos servidores da Prefeitura de Campinas obrigou o Hospital Mário Gatti a suspender cerca de 725 atendimentos no ambulatório de especialidades, marcados para esta segunda (15) e terça-feira (16). De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, foram cancelados exames, sessões de fisioterapia, consultas e pequenas cirurgias. A suspensão aconteceu porque 30 funcionários das áreas de acolhimento e recepção aderiram à paralisação dos servidores municipais e não compareceram ao trabalho. Os agendamentos foram suspensos até a manhã desta terça-feira, 16.Parte das consultas foram retomadas a partir das 13h desta terça. Apenas os procedimentos envolvendo membros superiores (ombro, cabeça e pescoço) não estavam sendo feitos. Segundo a recepção do ambulatório, quem compareceu teve a marcação reagendada para a próxima semana. Em média, 400 pessoas são atendidas por dia no local.Os pacientes não foram avisados, segundo o hospital, porque a greve foi feita de “surpresa”. “Não deu tempo de comunicar a população. São pacientes que já estão sendo acompanhados pelo hospital ou encaminhados a partir da rede básica”, afirmou o presidente do Mário Gatti, Marcos Pimenta. Ele garantiu que os procedimentos mais urgentes, como troca de curativos e retiradas de pontos, foram feitos no próprio Pronto Socorro. A Secretaria de Saúde disse que os médicos e dentistas que trabalham na unidade optaram por não participar da greve.O hospital informou que entrará em contato por telefone ou e-mail com quem tinha alguma marcação e não foi atendido. O reagendamento será feito e a expectativa é atender todos os pacientes em até duas semanas. “Nós estamos tentando montar uma agenda secundária para poder encaixar os pacientes no atendimento normal de cada dia.”O presidente do Mário Gatti disse que a greve dos servidores municipais, que entrou no 16º dia nesta terça, teve impacto pequeno na unidade. Segundo ele, dos 600 funcionários por turno, apenas de 30 a 40 aderiram à paralisação.