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Suspensão das atividades segue até 30 de junho

A resolução assinada por Marcelo Knobel, reitor da universidade, informa que a decisão foi tomada devido ao agravamento da crise sanitária

Francisco Lima Neto
30/05/2020 às 09:54.
Atualizado em 29/03/2022 às 11:36

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) prorrogou mais uma vez a suspensão das atividades presenciais nas unidades de ensino e pesquisa, centros, núcleos e órgãos universitários. Essa é a terceira vez que a suspensão é prorrogada. O prazo da segunda prorrogação terminava em 30 de maio, mas agora passou para 30 de junho. A resolução assinada por Marcelo Knobel, reitor da universidade, informa que a decisão foi tomada devido ao agravamento da crise sanitária ocasionada pela pandemia da Covid19, declarada no último dia 12 de março pelo Diretor Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento ressalta ainda que "o número de casos de Covid-19 continua em crescimento". Segundo a reitoria, as decisões podem ser alteradas a qualquer momento, de acordo com a evolução da pandemia. A Unicamp foi a primeira universidade do País a optar pela suspensão das atividades presenciais. A medida foi tomada no dia 12 de março e deveria durar até o dia 29 daquele mês, mas vem sendo prorrogada todos os meses por conta do avanço da doença por todo o Brasil. Desde então, todas as viagens de docentes e funcionários da Unicamp estão suspensas, bem como o recebimento de visitantes. Cortes No último dia 12, o Conselho Universitário (Consu) da Unicamp se reuniu e aprovou corte de gastos da ordem de R$ 72 milhões, para enfrentar a queda de arrecadação da universidade por conta do coronavírus. O reitor da universidade queria que o corte fosse mais agressivo. Por causa da pandemia, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) caiu e, com isso, o valor repassado às universidades públicas paulistas (Unicamp, Unesp e USP) baixou muito. A Unicamp estima fechar este ano com déficit de R$ 220 milhões, mas, segundo o reitor, a queda na receita pode chegar a R$ 300 milhões. De acordo com Knobel, a reitoria apresentou um pacote com diversas medidas restritivas. "Foram aprovados R$ 72 milhões em gastos. Ainda é bastante limitado com relação ao corte que a gente vai ter na arrecadação", disse. O reitor não escondeu a frustração com o valor aprovado do corte. Ele queria mais e deixou claro que outras rodadas de discussões devem acontecer. “É pouco, mas é um passo importante neste momento que o País está vivendo”, falou à época.

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