O Colégio Notre Dame realizou ontem de manhã uma reunião entre a sua diretoria e a equipe técnica do Devisa da Prefeitura de Campinas
O Colégio Notre Dame realizou ontem de manhã uma reunião entre a sua diretoria e a equipe técnica do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) da Prefeitura de Campinas para esclarecimentos sobre a toxoplasmose. A reunião aconteceu às 9h, no auditório do colégio, por conta dos cinco casos da doença registrados no local. Além da direção pedagógica e do sócio do colégio, estiveram presentes um médico infectologista, um veterinário, uma enfermeira, um biólogo, uma enfermeira coordenadora e um técnico em vigilância. A Secretaria de Saúde informou que os profissionais esclareceram o que é a doença e as formas de transmissão e prevenção. “O Devisa está realizando uma investigação epidemiológica sobre os casos que, por hora, têm a escola como vínculo em comum”, informou a assessoria de imprensa da Pasta. Após o Devisa ser notificado sobre possível surto de toxoplasmose, no último dia 11 de abril, a direção da escola foi orientada sobre as ações preconizadas de vigilância em saúde para prevenção e controle da situação, buscando a identificação das possíveis fontes de contaminação. “Até o momento, há cinco casos confirmados, uma vez que a investigação epidemiológica está no início, sendo quatro em adolescentes entre 12 anos e 13 anos e um em adulto funcionário do estabelecimento”, explicou. Ações O colégio explicou que está tomando várias medidas. Entre elas, obtenção junto às famílias dos casos confirmados de Relatórios Individualizados Circunstanciados para investigação de formas e locais de contato, Se pretende implantar a adoção de medidas apropriadas de controle e prevenção. A direção anuncia que também é importante que se faça com organizações não-governamentais de proteção animal, para que seja feita a retirada dos gatos que circulam pelo colégio. A presença dos bichanos, alias, alimentam no momento as principais especulações sobre as contaminações registradas. Se planeja, imediatamente, promover o tratamento dos animais, e encaminhar procedimentos de adoção. Os gatos soltos, definitivamente, estão fora dos planos dos colégios e causam muita preocupação dos pais dos alunos. O trabalho vai além. A investigação das vias de transmissão do protozoário será feita com a análise de alimentos e água. Para tanto, são previstos testes químicos; reforço nos procedimentos de segurança alimentar nas cozinhas e salões de refeições do colégio; criação e divulgação de campanha de reforço de boas práticas de higiene. Causas conhecidas As principais formas de transmissão da toxoplasmose são a ingestão de água ou alimentos contaminados. As frutas e verduras mal lavadas, as carnes e derivados crus ou mal cozidos são fontes de risco. A transmissão também pode ser feita de maneira congênita, de mãe para filho durante a gravidez, embora essa possibilidade não tenha força na avaliação dos casos registrados atualmente no colégio campineiro. O contato com os gatos, naturalmente, não é um fator de risco. Mas os especialistas alertam para o perigo do contato com as fezes dos animais.