“Mesmo sem um investimento mais robusto, nós conseguimos fazer mais”, analisou Elaine ao revelar o aumento na capacidade de atendimento do HC nas áreas de oncologia, cardiologia e traumas (Rodrigo Zanotto)
Aumentar em tamanho, complexidade e que o Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp divulgue mais o que faz, além de ter parcerias público-privadas, são os principais objetivos do comando da instituição para os próximos anos. As declarações foram feitas pela médica, professora e cirurgiã Elaine Cristina de Ataide, que assumiu em 2022 a superintendência do hospital e está na metade do seu mandato.
No final do ano passado, a superintendência divulgou um relatório com os índices, balanços e trabalhos desenvolvidos durante os 12 meses de 2023. Os indicadores apontam que o Hospital de Clínicas está atendendo mais em segmentos como oncologia, cardiologia e traumas.
Em uma nova entrevista ao Correio Popular, a convite do presidente-executivo, Ítalo Hamilton Barioni, a superintendente abordou diversos outros assuntos, como a superlotação no pronto socorro do Sistema Público de Saúde (SUS) da unidade, a Tabela SUS Paulista, a necessidade de uma união em torno dos serviços desenvolvidos no HC, a vocação do hospital em ser uma unidade de atendimentos de alta complexidade, e o uso da robótica, da telemedicina e da Inteligência Artificial (IA).
Além disso, a médica destacou a necessidade de duas novas unidades de saúde em Campinas: um hospital metropolitano para atendimentos de média complexidade, um projeto também defendido por prefeitos da Região Metropolitana de Campinas (RMC), e um que atenda a casos de oncologia. “Querem ajustar a malha, que já existe, para depois definir o escopo desse novo hospital. Será um hospital metropolitano de média complexidade? Um hospital oncológico? Podemos ter as duas opções? Quais serão as vocações dessas unidades? Existem essas dúvidas”, comentou.
Elaine Cristina de Ataide foi empossada para o quadriênio 2022-2026. É a primeira mulher a assumir a função de forma definitiva. Questionada sobre a cultura do hospital, em relação a uma mulher ocupar a principal função hierárquica, ela foi taxativa e deu um recado para outras mulheres. “É por isso que eu falo: mesmo sendo mulher, você pode fazer o que quiser, desde que você tenha resiliência. Não tenha medo, tenha vontade”, declarou.
Para ler a entrevista completa assine o Correio Popular.
