Pelo contrato, a Odebrecht Ambiental terá de investir mais de R$ 300 mi em água e esgoto
Cristina Carrara assina contrato de concessão dos serviços de água e esgoto para a Odebrecht Ambiental ( Divulgação)
Em cerimônia realizada na tarde desta quarta-feira, 17 de junho, no CCTI (Centro de Convivência da Terceira Idade) de Nova Veneza, a prefeita de Sumaré, Cristina Carrara, assinou a ordem de serviço passando oficialmente à concessionária Odebrecht Ambiental Sumaré, vencedora de licitação, a responsabilidade pela prestação dos Serviços de Água e Esgoto na cidade pelos próximos 30 anos. Em seu discurso, ela deu à concessionária o “desafio” de tornar a cidade “um modelo na área de Saneamento Básico”. Pelo contrato, a Odebrecht Ambiental Sumaré terá de investir mais de R$ 300 milhões em obras nestas duas áreas. Márcio Tanajura, diretor da empresa, não apenas “aceitou” o desafio como adiantou duas das mais importantes metas do contrato. O primeiro compromisso anunciado pela concessionária é o de reduzir as perdas de água tratada dos atuais 54%, em média, para a casa dos 30%, em apenas três anos – dois a menos do que a meta estabelecida em contrato, que é de 5 anos. O segundo foi o de elevar o atual índice de tratamento de esgoto da casa dos 14% para a casa dos 25% em ainda menos tempo, apenas um ano. Defesa da privatização “O dia de hoje é um importante marco na história de Sumaré. Tornamos realidade uma das mais importantes decisões que quem está à frente do Executivo precisa tomar – mas com muita segurança, transparência e pé no chão. O DAE (Departamento de Água e Esgoto) acumulava dívidas e não tinha mais capacidade de fazer frente aos investimentos necessários para garantir a melhoria da qualidade de vida da nossa população e o desenvolvimento da cidade. Agora, temos esta parceria importante com a concessionária e um cronograma de investimentos que vão melhorar em muito a vida de cada sumareense e criando condições para que novas empresas se instalem na cidade”, discursou Cristina. “A Odebrecht Ambiental Sumaré veio para ficar. Não viemos para Sumaré para passar dois ou três anos, mas para trabalhar aqui pelos próximos 30 anos, como parte da comunidade. Para provar nosso compromisso, vamos antecipar em dois anos a meta contratual de reduzir os índices de perdas físicas de água tratada dos atuais 54% para a casa dos 30%, o que será feito não em cinco, mas em três anos”, afirmou Márcio Tanajura às cerca de 80 pessoas presentes. Gestão Segundo o diretor da concessionária, esta queda será possível graças a uma melhor gestão dos recursos disponíveis e das redes existentes, além de intervenções como a criação de um sistema de macromedição nos bairros e regiões, além de melhorias no sistema de micromedição (como troca de hidrômetros velhos e ineficientes). As duas melhorias, em conjunto, permitem que a empresa detecte rapidamente os vazamentos na rede, por exemplo, e possa realizar os consertos necessários para estancar as perdas de água na distribuição. Já na área de tratamento de esgoto, segundo o diretor, é possível em apenas um ano, com um plano de requalificação das pequenas estações de tratamento já existentes em loteamentos e empreendimentos habitacionais da cidade, bem como alguma novas ETEs de pequeno porte que devem ser entregues pelos empreendedores ao longo dos próximos meses, elevar de 14% para mais de 25% o índice de tratamento – antes mesmo de a própria concessionária construir as três grandes estações regionais previstas no contrato de concessão. A concessãoA Odebrecht Ambiental Sumaré venceu a concorrência pública ao oferecer a melhor proposta ou “lance” para assumir os serviços municipais. Entre outros investimentos, nos primeiros 5 anos de concessão, a Odebrecht terá: - Rreduzir as perdas de água para menos de 30% - Construir três grandes ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto) e suas redes de tubulações num período de 8 anos, elevando para 60% o índice de tratamento e, posteriormente, para 95% em até 15 anos Todas metas deverão ser fiscalizadas pela Prefeitura, que é o “poder concedente”, pelo Ministério Público e pela Ares PCJ, que é a agência reguladora autônoma destes serviços na região. Ao final do período de concessão, todas as obras e melhorias realizadas pela concessionária retornam ao patrimônio do Poder Público Municipal.