TECNOLOGIA

Startup de Campinas vence licitação americana

Fundada em 2002 na Unicamp, Griaule Biometrics assina contrato de US$ 75 milhões para oferecer serviços a aliados

Maria Teresa Costa
teresa@rac.com.br
12/10/2018 às 09:10.
Atualizado em 06/04/2022 às 16:37

A empresa de tecnologia Griaule Biometrics, uma startup instalada em Campinas, venceu licitação do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, e vai fornecer e operar sistemas de identificação biométrica para os governos aliados do Afeganistão e do Iraque. O contrato, de US$ 75 milhões em cinco anos, é o maior da empresa com o governo americano, segundo o gerente operacional, Renato Burdin. O sistema de identificação biométrica automatizado da Griaule é a mais avançada tecnologia biométrica disponível na atualidade e vai substituir o atual sistema utilizado nos dois países, que está defasado, e melhorar sua capacidade. Ele é voltado para identificação geral, tanto civil quanto criminal e engloba 50 milhões de pessoas da base iraquiana e 30 milhões de identidades afegãs. Segundo Burdin, a substituição dos sistemas, que já está em andamento, é uma grande operação e será multimodal para lidar com impressões digitais, impressões palmares (das palmas das mãos), imagens faciais e das íris dos olhos. Fundada em 2002, a Griaule nasceu como empresa na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp (Incamp) e se graduou há cerca de dez anos, e hoje é líder do mercado de biometria de Big Data para integradores de sistemas. Ela tem tecnologia reconhecida e premiada internacionalmente, mais de 20 certificações de qualidade do Federal Bureau of Investigation (FBI), a polícia federal norte-americana, além de parcerias estratégicas e produtos altamente inovadores. A startup tem cerca de 4 mil clientes em 70 países. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Caixa Econômica Federal (CEF) e a Fundação Casa estão entre os clientes brasileiros. O TSE adquiriu, em 2014, o GBS Server, um servidor de autenticação biométrica, responsável por armazenar, validar e autenticar os dados biométricos dos eleitores brasileiros. A tecnologia possibilita que o tribunal faça o reconhecimento de 160 milhões de eleitores por meio das impressões digitais, conferindo mais segurança ao processo eleitoral. Na época, o TSE tinha um banco de dados com 24 milhões de eleitores cadastrados. Entretanto, essa base não possuia garantia de unicidade: ou seja, era possível que uma pessoa tivesse se cadastrado duas vezes nesse banco, com nomes diferentes. O objetivo da contratação do TSE foi também o de validar a base de dados – verificando, registro por registro, se existe alguma duplicidade. A segunda etapa envolveu inscrever 136 milhões de novos inscritos, elevando para 160 milhões de eleitores registrados. A meta do TSE é concluir o cadastro das digitais de todos os eleitores do país até 2022 . Já a Caixa Econômica utiliza a tecnologia da Griaule em suas unidades de atendimento e no controle do sistema de repasse de pagamentos do programa Bolsa Família. A CEF utiliza a autenticação biométrica para impedir fraudes de identidade nos pagamentos de benefícios e melhorar a velocidade operacional geral do banco. A Fundação Casa usa a biometria para a identificação de crianças e adolescentes que chegam à instituição sem documento de identidade. A inscrição biométrica de jovens facilita a retenção de sua história dentro da instituição e ajuda a proteger contra fraudes de identidade. O registro biométrico é feito dos dez dedos das mãos, tatuagens, cicatrizes e marcas de nascença. A Griaule emprega a maior e mais experiente equipe biométrica do Hemisfério Sul e mantém sua tecnologia atualizada por meio da parceria com a Unicamp.

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