olhar positivo

SP tem um milhão de recuperados

Estado começa novembro com marca simbólica; taxa de alta entre os contaminados supera 90%

Da Agência Anhanguera
03/11/2020 às 07:43.
Atualizado em 27/03/2022 às 18:22
A paciente Neiva Ferraro Mostasso Camacho recebe carinho de membros da equipe do Vera Cruz no dia da sua alta hospitalar: 15 dias internada (Leandro Ferreira/AAN)

A paciente Neiva Ferraro Mostasso Camacho recebe carinho de membros da equipe do Vera Cruz no dia da sua alta hospitalar: 15 dias internada (Leandro Ferreira/AAN)

O Estado de São Paulo atingiu, no último domingo, 1.005.729 pacientes recuperados de Covid-19. O balanço considera todas as pessoas infectadas, inclusive, as que cumpriram isolamento domiciliar, não sendo necessária a internação. Os dados apontam que 90% dos pacientes que contraíram o novo coronavírus já estão recuperados. Outros 122.115 foram internados e tiveram alta hospitalar. A Secretaria de Estado da Saúde não informou os números por região. O último boletim divulgado pela Prefeitura de Campinas, cidade sede da Região Metropolitana de Campinas (RMC), contabilizava 36.090 pessoas recuperadas da doença no município. Números Na atualização realizada às 12h do último domingo, o Estado assinalava um total de 1.117.147 casos e 39.331 óbitos. E taxas de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) de 39,5%. O número de pacientes internados é de 6.997, sendo 3.983 em enfermaria e 3.014 em UTIs. De acordo com o balanço, os 645 municípios têm pelo menos uma pessoa infectada, sendo 588 com um ou mais óbitos. A relação de casos e óbitos confirmados por cidade pode ser consultada em: http://www.saopaulo.sp.gov.br/coronavirus. Entre as vítimas fatais 57,5% são homens e 42,5% são mulheres. A média de idade dos óbitos é de 69 anos de idade. Observando faixas etárias, nota-se que a mortalidade é maior entre 70 e 79 anos (10.117), seguida pelas faixas de 60 a 69 anos (9.263) e 80 e 89 anos (8.055). Entre as demais faixas estão os: menores de 10 anos (53), 10 a 19 anos (70), 20 a 29 anos (330), 30 a 39 anos (1.121), 40 a 49 anos (2.573), 50 a 59 anos (5.108) e maiores de 90 anos (2.638). Fatores de risco Os principais fatores de risco associados à mortalidade são cardiopatia (59,8% dos óbitos), diabetes mellitus (43,2%), doenças neurológicas (10,9%), renal (9,6%), pneumopatia (8,3%). Outros fatores identificados são obesidade (8,1%), imunodepressão (5,5%), asma (3%), doenças hepáticas (2,1%) e hematológica (1,7%), Síndrome de Down (0,5%), puerpério (0,1%) e gestação (0,1%). Esses fatores de risco foram identificados em 31.630 pessoas que faleceram por COVID-19 (80,4%). Mulheres são maioria entre pacientes paulistas Entre as pessoas que já tiveram confirmação para o novo coronavírus estão 520.950 homens e 589.995 mulheres. Não consta informação de sexo para 6.202 casos. A faixa etária que mais concentra casos é a de 30 a 39 anos (262.963). As demais são: menores de 10 anos (28.230), 10 a 19 (53.935), 20 a 29 (189.246), 40 a 49 (230.023), 50 a 59 (167.541), 60 a 69 (101.686), 70 a 79 (51.612), 80 a 89 (24.290) e maiores de 90 (6.972). Não consta faixa etária para outros 649 casos. Uma das pacientes que tiveram que ser internadas é a aposentada Neiva Ferraro Mostasso Camacho, de 80 anos. Ela ficou internada 15 dias e sua alta hospitalar foi bastante celebrada pela família e pela equipe do Hospital Vera Cruz. Ela foi, simbolicamente, a paciente número 500 a ter alta entre os que tiveram que receber tratamento no complexo de saúde do hospital privado. Internação prolongada requer protocolo cuidadoso Dentre as mais de 36 mil pessoas que já se recuperaram da Covid-19 em Campinas, está Maria Cristina Alves da Silva, de 61 anos, que recebeu alta no último dia 22, depois de ficar 97 dias internada no Hospital Ouro Verde. Em transmissão ao vivo pelas redes sociais no dia seguinte a sua saída da unidade de saúde, o prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), e o secretário de Saúde, Carmino de Souza, destacaram o caso, porque a paciente foi a que passou mais tempo internada na rede municipal com a doença, desde o início da pandemia. Dos 97 dias, 85 foram na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A saída da paciente foi comemorada com balões e salvas de palma de familiares e profissionais do hospital. Na oportunidade, o marido Nilton Cruz, que é representante comercial, comentou que Maria Cristina foi internada em 15 de julho, após sentir falta de ar e dor no corpo. Ela tem diabetes e pressão alta, comorbidades que podem agravar o quadro. Maria Cristina, aposentada e mãe de três filhos, tem cinco netos e uma bisneta e, de acordo com o esposo, vê a recuperação como uma vitória muito grande que deve ser compartilhada para servir de exemplo de que é possível sobreviver à doença. A coordenadora da UTI do Hospital Ouro Verde, a médica intensivista Michele Battaiola, ressalta que a internação prolongada requer um cuidado pela equipe como um todo, que vai além do paciente, e inclui também o protocolo com a família que, por não poder visitar o paciente, é informada diariamente sobre o quadro clínico, levando em conta “como é difícil ficar todo esse tempo longe de um ente querido”. A médica disse que, mesmo passando por várias intercorrências, com momentos em que foi preciso comunicar a família sobre a piora do quadro clínico, a boa resposta ao tratamento e ao cuidado intensivo levou à paciente a receber alta.

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