Prefeitura irá contratar 800 pessoas em situação de vulnerabilidade (Cedoc/RAC)
O placar que o Correio Popular publica todos os domingos em sua seção do leitor, indicando os assuntos mais comentados da semana, deixa claro que o Poupatempo é um tema de grande interesse dos assinantes do jornal. Na edição do último dia 14, o painel corroborava isso ao alçá-lo ao assunto de maior destaque da semana em Campinas, superando inclusive temas da ordem do dia como “Reflexos da Pandemia”, “Manifestações e Democracia” e “Governo Bolsonaro”. Esse é um termômetro mais que evidente de como o fechamento da unidade Centro do órgão estadual, anunciado no final de maio pelo governo paulista, impactou os leitores e as pessoas que faziam uso do serviço, na unidade da Francisco Glicério, onde funcionou por 22 anos. De imediato, quem leu a notícia se espantou e indagou por que descontinuar um serviço que atendia muito bem o público, com alta eficiência e localização estratégica na área central. Os argumentos apresentados pelo governo paulista não convenceram: encerramento do contrato de aluguel do prédio e opção por investir em serviços digitais, o que seria uma tendência para um mundo cada vez mais conectado. As explicações foram refutadas pelos leitores, que enviaram dezenas de mensagens ao Correio. Centenas deles lotaram a área de comentários das redes sociais do jornal, principalmente o Facebook e o Instagram. Uma comissão de vereadores foi montada para discutir o tema e propor soluções. Os leitores, por sua vez, cobraram um posicionamento do prefeito Jonas Donizette (PSB), de quem esperavam uma atitude mais firme e assertiva, mesmo com as responsabilidades da coordenação dos impactos da pandemia. Esse sinal do prefeito foi dado anteontem, quando, por meio de um grupo de vereadores, liderado por Luiz Henrique Cirilo (PSDB), propôs ceder um espaço de 400 metros quadrados, no andar térreo do Paço, para receber a unidade fechada do Poupatempo. A ideia é boa e faz sentido por vários pontos de vista: mantém a oferta dos serviços, colaborando para que os campineiros e moradores da região não tenham que se deslocar para o Campinas Shopping, onde está a outra unidade; trata-se de um lugar de fácil acesso, servido por rotas do transporte coletivo, e mais que conhecido do público; reforça o conceito do andar térreo de serviço voltado aos interesses do cidadão, como tributos, taxas e outros temas ligados aos contribuintes. Hoje, em Taboão da Serra, na Prodesp, a comissão de vereadores discutirá esse assunto, levando a proposta de Jonas. Que haja bom senso e que o Poupatempo possa ser salvo pelo entendimento e boa vontade dos envolvidos.