Aleksander Henryk Laks é um dos poucos sobreviventes vivos do Holocausto,que nomeia um período histórico em que na Alemanha derrotada na Primeira Guerra Mundial, judeus, negros, comunistas, homossexuais, ciganos e doentes mentais e físicos foram mortos em série. Para Adolf Hitler, que governava o território alemão, havia uma raça pura: a ariana (branca), e que não pertencesse a ela deveria ser exterminado, pois eram os responsáveis pela derrota do país na Grande Guerra. Laks é o convidado do projeto Memórias do Holocausto, que acontece no próximo sábado (20), às 9h30, na Arena Oficina, em Campinas.
O evento gratuito e aberto ao público promoverá um bate-papo com o polonês naturalizado brasileiro, que passou seis anos no campo de concentração Auschwitz.
Auschwitz é o nome de um grupo de campos de concentração do regime nazista localizados no sul da Polônia. O número de mortes em Auschwitz é estimado entre um milhão e um milhão e meio de pessoas. Entre os prisioneiros conhecidos, estão os nomes de Anne Frank, que morreu aos 15 anos e deixou suas memórias escritas em um diário, e Olga Benário Prestes (casada com o brasileiro Luís Carlos Prestes), que foi deportada e entregue a Hitler pelo então presidente brasileiro Getúlio Vargas estando grávida de sete meses. Olga concebeu a filha, Anita Leocádia, na prisão. Anita vive no Brasil e Olga foi morta.
Atualmente, Laks é presidente da Associação Brasileira dos Israelistas Sobreviventes da Perseguição Nazista. Sua história já rendeu dois livros: “O Sobrevivente - Memórias de um brasileiro que escapou de Auschwitz” e “Mengele me condenou a viver”.
Josef Mengele, que ficou conhecido como Anjo da Morte, foi um médico que serviu ao regime nazista. Formado pela Universidade de Munique, filiou-se ao partido nazista em 1942. A ele são atribuídas as mortes de mais de 400 mil judeus, ciganos, deficientes físicos e mentais. Além disso, o apelido de Anjo da Morte se deve as diversas experiências que Mengele desenvolveu usando como cobaias os prisioneiros dos campos de concentração. Entre elas está injetar tinta azul nos olhos de crianças para verificar se a cor era absorvida, manter indivíduos em água congelante ou fervente para testar a resistência à dor e amputação de genitálias, pernas e braços para observar uma possível regeneração Após o fim do regime nazista, ele se refugiou na Argentina, indo em seguida para Paraguai e posteriormente veio viver no sul do Brasil.
SERVIÇO
Evento 'Memórias do Holocausto', com a participação de Aleksander Henryk Laks, sobrivente do campo de concentração de Auschwitz
Quando: dia 20 de abril, sábado, às 9h30
Onde: Arena Oficina, Colégio Oficina do Estudante (Avenida Brasil, 601 – Campinas/SP)
Quanto: Entrada franca