MATADOURO

Situação de animais resgatados é crítica

A Delegacia de Proteção aos Animais recolheu mais de 100 animais em situação de maus-tratos

Inaê Miranda
18/03/2013 às 06:32.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:17
Animais resgatados em situação de maus-tratos pela Delegacia de Proteção aos Animais de Campinas (Divulgação)

Animais resgatados em situação de maus-tratos pela Delegacia de Proteção aos Animais de Campinas (Divulgação)

A situação dos animais resgatados de um matadouro clandestino em um sítio da Vila União, em Campinas, na sexta-feira (15) é crítica, segundo a equipe de veterinários da Fazenda Microcamp, em Espírito Santo do Pinhal, para onde os animais foram levados. Segundo Eloy Tuffi, proprietário da fazenda, muitos animais estão mutilados, sem orelhas, olhos e com cortes profundos. "Todos estão com vermes e alguns bastante debilitados, desnutridos e desidratados" , afirmou.

A Delegacia de Proteção aos Animais e Meio Ambiente de Campinas recolheu mais de 100 animais em situação de maus-tratos, entre cabras, porcos, ovelhas e cães. . Segundo Tuffi, todos os cuidados já foram providenciados, desde medicamentos, até isolamento para os mais debilitados. Ele disse que a situação dos bichos é comovente e que será feito de tudo para salvá-los.

O veterinário Diogo Siqueira, responsável pelos cães, também recolhidos no matadouro clandestino, disse que a situação deles também é crítica. "Não só os animais de produção como os pets é deplorável. Eles também estão com muito verme e desidratados. A mãe estava com sequela de cinomose, uma doença infectocontagiosa, e sobreviveu com sequelas. Como não tinha alimentação adequada, os filhotes estão debilitados" , afirmou Siqueira.

Durante a ação da polícia, na sexta-feira, também foram encontradas duas serras elétricas sem documentação, uma cartucheira e dragas para extrair areia de um córrego que passa pelo local, também para a venda do material, o que é ilegal. Não havia carne pronta para venda, mas o responsável confessou que fazia o abate. Segundo a delegada titular da delegacia de proteção aos animais de Campinas, Rosana Mortari, o abate era feito completamente fora das normas de higiene e quem consumiu a carne corre o risco de ter contraído doenças.

O açougueiro J.R., 47 anos, responsável pelo local, foi preso em flagrante por crime ambiental, maus tratos e porte ilegal de arma e encaminhado ao presídio de Hortolândia. Os crimes juntos, e por haver crime ambiental, não dão o direito a fiança.

Serviço:

Denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone (19) 3254-2633.

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