TECNOLOGIA AJUDA

Site mapeia serviço a vítima de estupro em Campinas

A ideia do projeto surgiu após a divulgação do caso da adolescente de 16 anos, do Rio de Janeiro, que sofreu estupro coletivo no final do mês passado

Camila Ferreira
13/06/2016 às 21:32.
Atualizado em 23/04/2022 às 00:00
Site avalia e elenca serviços de ajuda à mulher existentes na cidade (Reprodução)

Site avalia e elenca serviços de ajuda à mulher existentes na cidade (Reprodução)

Um grupo que apoia diversos movimentos sociais em Campinas criou uma plataforma para realizar o mapeamento dos serviços de atendimento às mulheres vítimas de violência sexual na cidade. A ideia do projeto surgiu após a divulgação do caso da adolescente de 16 anos, do Rio de Janeiro, que sofreu estupro coletivo no final do mês passado. Psicólogas e psiquiatras farão o acompanhamento sem custo para essas pacientes, assim como mulheres que não são da área, mas que queiram ajudar o mapeamento. Até o final deste mês, a plataforma será aberta para as vítimas que buscam pelo atendimento. A pesquisa consistirá em mapear todos os serviços desse tipo existentes na cidade, assim como avaliar atendimento e protocolo de procedimento de todas as unidades de saúde e também delegacias da mulher. Para Cláudia Oliveira, socióloga e uma das cofundadoras do movimento Minha Campinas, que encabeça o projeto Mapa do Acolhimento, a ferramenta vai facilitar o contato das vítimas com o serviço de acompanhamento. “Nosso objetivo é conectar as vítimas com profissionais e facilitar o processo de quem pode ajudar e de quem precisa ser ajudado. As mulheres vão receber os endereços das especialistas e poderão agendar as consultas. A rede pública, muitas vezes, não dá conta da demanda e muitas ficam sem acesso e informação, passando pela dor sozinha e sem ajuda”, disse. Todas as profissionais que se cadastrarem vão passar por uma triagem da equipe para avaliação das referências junto aos conselhos regionais. Além disso, as pacientes terão liberdade para escolher as especialistas que melhor se encaixarem em seu perfil, assim como poderão ter uma conversa prévia, antes de resolver se o atendimento dará prosseguimento. Para fazer parte da mobilização, basta acessar o link mapadoacolhimento.nossascidades.org. Essa mesma proposta existe em outras cinco cidades, Recife, Garopaba, Rio de Janeiro, Ouro Preto e Porto Alegre, interligadas pela Rede Nossa Cidade.

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