Sindicatos dos hotéis e da beleza protestam

O prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB) foi alvo de protestos dos profissionais do ramo de beleza e de bares e hotelaria, na manhã desta quinta-feira. Os trabalhadores se reuniram em frente à Prefeitura para exigir a liberação do retorno das atividades a partir da próxima segunda-feira. De acordo com eles, o desemprego nos setores está aumentando e os empresários estão sem saída após tanto tempo com as portas fechadas por conta da pandemia causada pelo novo coronavírus. Gustavo Domingos de Souza, diretor do Sindicato dos Empregados no Comércio Hoteleiro de Campinas e Região (Sinhotel), diz que o setor quer uma solução. "Já somamos 24 mil demissões na região. O número pode chegar a 35 mil até a primeira quinzena de agosto. A gente precisa reabrir", diz. A exigência é que o setor saia da zona vermelha e passe para a amarela. "A gente precisa ir para a zona amarela senão os empresários vão fechar as portas de vez porque pegar dinheiro com o governo é como vender a alma", argumenta. Márcia Antônia Cia, diretora do Beleza Sindical - Sindicato dos Institutos de Beleza e Cabeleireiros do Estado de São Paulo, e da Associação Brasileira do Salões de Beleza (ABSB), é preciso ir urgente para a fase amarela do Plano São Paulo. "A gente precisa reabrir na segunda-feira. O setor não tem mais condições de manter as portas fechadas, não temos assistência do governo federal porque somos serviço essencial pelo governo federal, mas o estadual e municipal não acatou que é essencial", argumenta. Ela diz que são 10 mil salões em Campinas e que ao menos 1.000 não retornarão às atividades. "Estamos passando fome, sem condições de colocar comida da mesa. Temos todos os protocolos prontos para reabrir", diz. Em nota, a Prefeitura de Campinas informou que “lamenta a utilização política por vereador de oposição de um momento tão crítico em que uma gravíssima pandemia atinge o mundo todo, provocando centenas de milhares de mortes”. A assessoria afirma que o e a secretária de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo, Alexandra Capriolli, têm feito reuniões constantes com legítimos representantes do setor de restaurantes, bares e hotéis, buscando solução para o problema, que, todos sabem, dependem de condições sanitárias e decisões técnicas que vem sendo tomadas pelo Governo do Estado e respaldadas pela Justiça. “A principal preocupação é salvar vidas. E será assim, com muita responsabilidade e ouvindo os profissionais de saúde, que iremos tomar decisões que preservem a vida e possibilitem a retomada da economia”, reforça.