EDUCAÇÃO

Sindicato pedirá adiamento do retorno às aulas

O secretário de Educação, José Tadeu Jorge, afirmou que se Campinas permanecer na fase amarela, o retorno será dia 8

Maria Teresa Costa
14/01/2021 às 14:55.
Atualizado em 22/03/2022 às 12:06
Sala de aula (  Cedoc/RAC)

Sala de aula ( Cedoc/RAC)

O sindicato dos servidores municipais de Campinas vai pedir, em audiência hoje, no Ministério Público do Trabalho, que o retorno às aulas presenciais na rede municipal só tenha início após a vacinação dos servidores da Educação. O retorno está previsto para 8 de fevereiro, com aulas presenciais para 50% dos alunos por sala, intercalando a turma – metade tem aula em uma semana, enquanto os demais acompanham o conteúdo à distância. O secretário de Educação, José Tadeu Jorge, afirmou que se Campinas permanecer na fase amarela, o retorno será dia 8.

Representantes das secretarias de Educação, Saúde e Justiça estarão na audiência no MPT. “Seria desejável que toda a população fosse vacinada e que os profissionais da educação pudessem ter prioridade. Mas, não vejo como possamos fazer algo diferente do estabelecido pelo Programa Nacional de Imunização”, afirmou.

Segundo o secretário, o plano de retorno é cuidadoso, tem foco importante na segurança e está dentro do estabelecido pelo Plano SP.

O sindicato encaminhou o pedido de adiamento também à Prefeitura e quer que os trabalhadores da Educação entrem no grupo prioritário de imunização, onde estão profissionais da saúde e idosos. Em nota, a entidade informou que sempre foi contra a retomada das atividades presenciais nas escolas no meio da pandemia e já conseguiu impedir que as aulas voltassem em outubro do ano passado. “O STMC entrou com denúncia no MPT, que virou um processo e, agora vai pedir, nessa ação, que a volta presencial aconteça só depois da imunização dos trabalhadores”, diz a nota.

O sindicato afirma que se a Prefeitura insistir em retomar as aulas presenciais sem a vacinação entrará com uma ação na Justiça para tentar suspender à volta de aulas presenciais. “Não há a menor condição de retorno sem testagem, sem vacinação dos trabalhadores e sem protocolos rigorosos, que inclua aferição de temperatura, distanciamento. É temeroso retornar aulas presenciais com 50% da turma. Ninguém fez isso no mundo. O máximo foi de 30%”, disse a coordenadora de comunicação do sindicato, Rosana Medina. Sem isso, afirmou, o sindicato poderá chamar greve da categoria.

A audiência ocorrerá com participação dos procuradores do Trabalho, sindicato e representantes da Secretaria de Educação dentro de um processo que foi aberto no ano passado, quando o sindicato questionou o retorno aulas que havia sido marcado para outubro. A pauta da reunião vai discutir vistorias nas escolas antes de aulas começarem – essa vistoria ficou marcada para ocorrer antes do retorno, em uma audiência anterior, realizada no final do ano. O sindicato indicou dez escolas, mas segundo Rosana, a Prefeitura não concordou e indicou outras dez – apenas uma está na lista sindical. Na audiência, deve ser acordado quais unidades passarão por vistoria.

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