OURO VERDE

Silvio Bernardin nega que soubesse sobre repasses

Bernardin é uma das cinco testemunhas apresentadas pela defesa de Fernando Vitor Torres Nogueira Franco

Agência Anhanguera de Notícias
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14/06/2018 às 08:09.
Atualizado em 28/04/2022 às 12:40

Complexo hospitalar é foco de investigação de desvio de verba (Cedoc/RAC)

Em audiência anteontem na 4ª Vara Criminal de Campinas, o secretário municipal de Assuntos Jurídicos, Silvio Bernardin, afirmou não ter conhecimento sobre os supostos repasses mensais de R$ 250 mil feitos pela Prefeitura para a Organização Social (OS) Vitale, que administrava o Hospital Municipal Ouro Verde até o ano passado. O esquema desviou cerca de R$ 4,5 milhões dos cofres públicos, de acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Bernardin é uma das cinco testemunhas apresentadas pela defesa de Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, que é apontado como lobista responsável pelas negociações entre a entidade e a Administração Municipal — Torres cumpre prisão preventiva desde dezembro de 2017. Em seu depoimento, o secretário negou ter conhecido Torres antes da realização da licitação que definiu a Vitale como gestora do Hospital Municipal Ouro Verde e ressaltou que desconhecia o fato de ser investigado pelo Gaeco. Para o promotor do Gaeco, Daniel Zulian, mesmo com as negativas do secretário e de outras cinco testemunhas ouvidas terça-feira, os indícios de participação do alto escalão da Prefeitura no suposto esquema continuam evidentes. Segundo o Ministério Público, desde maio de 2016 ouve ao menos 18 repasses indevidos de R$ 250 mil mensais para a Vitale. Além de Fernando Vitor Torres Nogueira Franco, foram denunciados pelo MP por organização criminosa, fraude à licitação, falsidade ideológica e peculato Daniel e Paulo Câmara, Aparecida Bertoncello, Ronaldo Foloni e Ronaldo Pasquarelli. Há suspeitas que mais agentes públicos tenham se envolvido no esquema, de acordo com o Gaeco. A Prefeitura de Campinas informou, por meio de nota, que o chamamento público para contratação da OS Vitale cumpriu todas as normas previstas na legislação e no edital, o que culminou na contratação que era mais vantajosa para o município naquele momento. A municipalidade ainda reafirmou que tomou todas as medidas necessárias assim que o MP apontou indícios de desvio de dinheiro público do hospital pela OS, inclusive com o afastamento de servidores. O contrato foi suspenso e a Prefeitura assumiu a Administração do hospital por meio da Rede Mário Gatti. A administração reiterou que desde o início das investigações está colaborando e aguarda os resultados.

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