intimidade

Sex shop, um mercado em expansão

Segundo estudo da Sociedade Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), existem no País cerca de 11 mil pontos de venda de produtos eróticos, responsáveis por mais de 100 mil empregos e R$ 1 bilhão de faturamento

Alison Negrinho
16/04/2018 às 09:44.
Atualizado em 23/04/2022 às 15:48
A vendedora Suelen Rauani exibe lingerie em sex shop instalada no Cambuí: País conta com cerca de 11 mil pontos de venda de materiais eróticos (Leandro Ferreira)

A vendedora Suelen Rauani exibe lingerie em sex shop instalada no Cambuí: País conta com cerca de 11 mil pontos de venda de materiais eróticos (Leandro Ferreira)

Apimentar a relação, satisfação pessoal ou agradar o parceiro. Os motivos são os mais diversos e fazem com que em tempos de economia, a população esteja cada vez mais buscando novidades quando o assunto é a vida íntima. Com toda essa procura, quem agradece são os sex shops, responsáveis por levar felicidade e prazer para pessoas das mais variadas idades, além de gerar trabalho aos que precisam. Segundo estudo da Sociedade Brasileira de Empresas do Mercado Erótico e Sensual (Abeme), existem no País cerca de 11 mil pontos de venda de produtos eróticos, responsáveis por mais de 100 mil empregos e R$ 1 bilhão de faturamento. Em Campinas, basta percorrer as principais ruas e avenidas para se deparar com uma série de lojas.  Na região do Bosque, a loja Discretinha, que tem ainda outras duas unidades na cidade, prefere manter os produtos eróticos longe dos olhos do público. “Apesar de terem aumentado muito as vendas, as pessoas ainda têm bastante preconceito. Quem entra aqui pensa que vende apenas lingerie, porque mantemos os artigos mais picantes escondidos. Assim o ambiente fica mais descontraído e as pessoas se sentem mais à vontade”, explicou a vendedora Rayane Caroline Vellozo, de 19 anos, que trabalha no local desde setembro de 2017. A funcionária explicou que por lá é possível encontrar pessoas desde os 18 anos até idosos. De acordo com ela, o público gay é pequeno e os maiores frequentadores são héteros, normalmente homens, que vão para comprar algum produto específico que suas mulheres pedem. Há ainda as mulheres decididas, que não sentem vergonha e fazem suas próprias compras. Mesmo que aos poucos o tabu sobre o mercado erótico venha sendo quebrado, não é fácil encontrar consumidores dispostos a assumir que fazem uso dos produtos. Diante do impasse, as empresas passaram a investir pesado no comércio on-line, fato este que fez com que as vendas aumentassem consideravelmente. A grande procura exigiu também do mercado, maior qualificação. Pensando nisso, a Abeme, em parceria com fábricas e empresários, tem buscado aprimorar a qualidade dos artigos disponibilizados. Comércio on-line Quem faz sucesso neste meio digital é o e-commerce do sex shop Aquelas Coisas, que detém 90% das vendas da empresa. No último ano, apostando bastante no marketing digital, a empresa cresceu na faixa de 10% ao mês. Gerente do local, Ivan Schiavinatto explicou os benefícios das compras on-line. “O e-commerce é essencial para o nosso segmento, pois as pessoas se sentem mais seguras e mais à vontade atrás do computador, escolhendo seus produtos com calma e sem a vergonha de estarem em frente de outras pessoas”, explicou. Na loja virtual, o grande destaque fica por conta dos vibradores. Disponíveis em vários tamanhos e texturas, eles têm ganhado cada vez mais adeptos no Brasil. Cerca de 17% dos vibradores vendidos têm 16cm, seguidos pelos de 16 a 18,5cm (33%), de 20 a 21cm (12%) e acima de 21cm (7%). Além do modelo tradicional, de formato fálico, também há uma grande busca (31%) por estimuladores diferentes, como calcinha vibratória, vibrador clitoriano, vibrador duplo e para casais. Segundo especialistas do setor de produtos eróticos, a expectativa é de que as vendas aumentem em 2018, entre outros motivos, pela ajuda que o cinema tem dado para ajudar a divulgar o mercado. Obras como o filme americano 50 Tons de Cinza e o brasileiro De Pernas Para o Ar, servem de propaganda para os produtos e colaboram para despertar a curiosidade das pessoas.

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