retomada supervisionada

Setor automobilístico registra maior movimento

O reinício foi tímido para as atividades autorizadas a funcionar de portas fechadas no comércio e na prestação de serviços, ontem, em Campinas

Gilson Rei
13/05/2020 às 07:54.
Atualizado em 29/03/2022 às 12:03

O reinício foi tímido para as atividades autorizadas a funcionar de portas fechadas no comércio e na prestação de serviços, ontem, em Campinas. O movimento foi maior apenas nos lava-jatos e em lojas de vendas de veículos. A maioria dos estabelecimentos estava fechada há 40 dias, desde que a pandemia provocada pelo coronavírus teve início na cidade. As lojas e os escritórios abriram dentro das normas de distanciamento, segurança e higiene definidas pelo decreto municipal e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mantendo as vendas e a prestação de serviços à distância via eletrônica com uso de wattsapp, telefone e internet e entregas pelo sistema de delivery e drive-thru. Nos bairros, poucas lojas estavam abertas, excluindo-se os serviços de limpeza automotiva e revendedoras de automóveis. Marcos Roberto Dias, gerente do Bob Esponja Parque Prado Limpeza e Higienização de Autos, festejou a reabertura e disse que ficou 35 dias sem atender a população. "Tive que dispensar todos os funcionários e pedir redução de aluguel" , afirmou. Segundo ele, a média de atendimento era de 500 serviços por semana. Dias revelou que reabriu o local há uma semana apenas para troca de óleo para tentar diminuir os prejuízos. "Com a reabertura, a esperança é de retomar aos poucos e alguns clientes já trouxeram carros para a higiene. A limpeza acaba sendo uma questão até de proteção contra o contágio do vírus, com a retirada da sujeira de tudo, incluindo os filtros de ar" , afirmou. André Camargo, proprietário da Car Premium Multimarcas Automotivas, na Vila Marieta, comemorou também a medida. "Fiquei 40 dias com a loja fechada, segurei a onda, mantive os funcionários, renegociei o aluguel. Se não houvesse volta teria que fechar a loja" , afirmou. No Centro, as medidas não surtiram muito efeito. A movimentação foi tranquila na Rua 13 de Maio, principal corredor de compras de Campinas. Muitas lojas continuavam fechadas e não tinham nem indicações de contatos para vendas eletrônicas. Algumas lojas colocaram cartazes com o número do wattsapp para atender pedidos. Os poucos locais abertos apresentavam faixas de isolamento, álcool em gel e avisos de quantidade de pessoas que o lugar poderia receber. Algumas lojas estavam com a porta de ferro aberta até o meio, apenas para tender demandas de pagamento por boleto. Luis Monteiro, funcionário de uma loja de calçados, disse que as vendas estão sendo feitas via internet e que o proprietário decidiu deixar a loja com a porta de ferro pela metade apenas para receber clientes interessados apenas em pagar boletos. "Não acredito que esta reabertura fique por muito tempo, pois o Ministério Público do Estado de São Paulo já enviou um ofício à Prefeitura de Campinas pedindo informações e justificativas sobre a liberação do comércio por drive-thru e outras ações" , comentou. Padaria do Cambuí A Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo recebeu uma denúncia, via 156, que a padaria Pão do Cambuí estava permitindo consumo no local. A equipe de fiscalização não fechou o local, mas notificou o proprietário para manter apenas a venda dos produtos, fazer entregas via delivery e drive-thru. O prefeito Jonas Donizette (PSB), disse ontem em sua live que a medida é necessária e segue as normas de Saúde contra a expensão da Covid-19. "Eu até peço desculpas às padarias, porque não é para fechar padaria. Só não pode vender coisa para comer lá dentro. As pessoas precisam entrar para comprar pão e os fiscais precisam fazer o seu trabalho, mas neste caso, parece que houve advertência muito severa", acrescentou.

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