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Setec fecha o cerco contra os furtos

A Serviços Técnicos Gerais (Setec) promete fechar o cerco contra empreiteiros do Cemitério da Saudade, em Campinas

Alenita Ramirez
21/03/2019 às 09:48.
Atualizado em 04/04/2022 às 20:53

A Serviços Técnicos Gerais (Setec) promete fechar o cerco contra empreiteiros do Cemitério da Saudade, em Campinas. A medida ainda será discutida com a Prefeitura nos próximos dias, mas o presidente da autarquia, Arnaldo Salvetti Palacio Junior, adiantou que entre as regras que serão apresentadas constam o cadastramento de todos os prestadores de serviço e o uso obrigatório de uniformes e crachá. Além disso, buscará parceria com a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) para a instalação de mais duas câmeras de monitoramento nas laterais do cemitério. As novas regras, segundo Salvetti, vão complementar as ações que foram implantadas há cerca de dois meses, nas quais constam até o uso de um drone para mapeamento de campo. Atualmente existem cerca de dez empreiteiros que atuam como autônomos no cemitério. Trata-se dos profissionais contratados por donos de túmulos para a realização de serviços de limpeza e manutenção. Eles são cadastrados pela Setec e atuam com base no decreto 6.262 de 14 de outubro de 1980. A prestação de serviço foi regulamentada com o artigo 72. “Vou pedir para mudar a resolução, fazer com que as microempresas sejam chamadas na Setec e apresentem o prontuário dos funcionários para sabermos quem são eles e também que usem uniformes e crachá. Tínhamos começado a estudar essa mudança, mas paramos porque os furtos diminuíram, mas agora é o momento de mudarmos mesmo”, disse o presidente da Setec. Como forma de aumentar a segurança no cemitério, desde o início das novas ações de segurança, a Setec fechou o portão de acesso a pedestres existente na Avenida Engenheiro de Paula Souza e também passou a fazer revista de veículos de empreiteiros. Foram implementadas ainda vigilância armada 24 horas e ronda interna. “Não estamos generalizando, mas desde a implantação destas ações, reduziram os furtos no cemitério”, disse Salvetti. Drone Para implantar as ações, segundo o presidente da autarquia, foi feita uma licitação no ano passado, na qual venceu a empresa WWS. No pacote de serviços, consta ainda o monitoramento de todo o cemitério por intermédio de um drone, que faz o mapeamento das sepulturas. A vigilância aérea é feita em dias e horários aleatórios pela empresa. As imagens são avaliadas e quando há algum fato fora da normalidade, a Setec é avisada. Por meio desse serviço, segundo Salvetti, foi constatado que os furtadores vão no cemitério durante o dia e desparafusam as peças, facilitando assim o serviço para os comparsas que vão à noite no local e concluem a ação. “A gente só não conseguiu ainda brecar o arrombamento do muro, mas já estamos nos reunindo com a Emdec para buscarmos parceria com o setor privado, para a implantação de duas câmaras de vigilância”, disse. “Sobre o portão lateral, quando fechamos houve muitas reclamações, mas foi inevitável porque era através dele que as peças eram levadas, já que não havia vigilância naquele local. Não é definitivo, pois se conseguirmos a parceria para as câmaras, vamos estudar a reabertura”, acrescentou Salvetti. O contrato para o uso do drone é de 12 meses, prorrogável por mais 12. Segundo a autarquia, o serviço entrou em vigência em dezembro de 2018. Flagrante Na madrugada do último domingo, dois homens e uma mulher foram presos em flagrantes suspeitos de integrarem uma quadrilha de ladrões de peças de bronze do cemitério. Eles estavam do lado de fora do local e os homens perto de um buraco feito no muro. Um deles alegou que trabalhava em um ferro-velho, cujo dono é um guarda municipal da cidade. O grupo já havia separado mais de 30 peças, inclusive algumas com cerca de 500 quilos. Tudo foi apreendido e devolvido para a Setec, que vai entrar em contato com donos de jazigos para fazer a devolução.

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