POR REAJUSTE

Servidores entram em greve em Hortolândia

Categoria pede reajuste de 7% (IPCA mais 5% de aumento); Administração aplicou índice de 1,56%

Daniel de Camargo
daniel.camargo@rac.com.br
30/07/2018 às 10:18.
Atualizado em 23/04/2022 às 08:12

Os servidores públicos de Hortolândia entraram em greve na manhã desta segunda-feira (RAC)

Os servidores públicos de Hortolândia deflagraram greve na manhã de segunda-feira. A concentração ocorreu em frente à Prefeitura, entre 7h e 14h, ocasionando a interdição de um trecho da Avenida Olívio Franceschini, no Remanso Campineiro. Milton Vianna Pinto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público do Município de Hortolândia (STSPMH), informou que a principal reivindicação é referente ao valor do reajuste salarial. A categoria pede aumento de 7% (IPCA mais 5% de aumento real), enquanto a Prefeitura aplicou em junho, uma correção de 1,56%. Além disso, os funcionários solicitam outros benefícios sem custo compartilhado. Entre os pedidos que, segundo o líder sindical, vem sendo feitos desde 2008, está a concessão de plano odontológico. Pinto diz que na terça-feira haverá um café comunitário as 7h em frente ao Paço Municipal. A partir das 9h, os trabalhadores sairão em passeata pelas ruas da região central, retornando em seguida para o ponto de partida. “A adesão no primeiro dia foi de aproximadamente 70% dos nossos associados que, atualmente, gira em torno de 1,3 mil trabalhadores. Somente o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) operou normalmente”, enfatizou. O líder sindical comentou que nas reuniões realizadas antes da paralisação, Pedro Reis Galindo, secretário de Finanças, disse repetidamente que o município não tem condições financeiras para atender as solicitações. A afirmação é contestada por Araken Lunardi, vice-presidente da Federação dos Sindicatos Públicos Municipais do Estado de São Paulo (FEESSPMESP), que apoia mobilizações como esta há quase 12 anos. Segundo ele, um documento foi protocolado junto ao Executivo, apontando que existe verba disponível. “Fizemos um levantamento técnico assinado por contadores e outros profissionais da área com base em dados divulgados pela própria Prefeitura no Portal da Transparência”, destacou. Mediante essas informações, Lunardi diz que não há outra interpretação para o cenário que não seja a má vontade da Administração para com os servidores. A reportagem cobrou uma posição da Prefeitura sobre a greve por telefone e por e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Indignação Voz ativa entre os grevistas, Regiane Magalhães, servidora pública há 14 anos, solicitava aos colegas que, ao fim do dia, recolhessem o lixo, não causando transtornos ou possibilitando conotações negativas à ação. Indignada, ela acalorou o discurso ao ressaltar que, além de trabalhar no município, reside lá. Por isso, diz querer o melhor para Hortolândia. “É uma vergonha o que está acontecendo”, fala, ao se pronunciar sobre o reajuste concedido. “A gente vê a Prefeitura beneficiando assessores, que custam R$ 11 milhões por ano”, comenta, completando que, enquanto isso, a Saúde sofre com a falta de insumos e até papel higiênico. Mobilização Os servidores ficaram aglomerados em frente à Prefeitura, onde estava parado um carro de som da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), que também apoia o movimento. Além dos discursos, o mesmo servia para manter a atmosfera da greve. Uma faixa reforçando que a greve era justa foi fixada no alambrado do estacionamento. Além disso, alguns trabalhadores usavam nariz de palhaço, retratando sua repulsa com a situação.

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