Seringueira ameaça cair em estação turística de trem

Um mês após a Prefeitura de Campinas vistoriar uma seringueira centenária que pegou fogo em dezembro de 2012 na Estação Anhumas, no Taquaral, em Campinas, a poda da árvore ainda não foi feita. Técnicos do Departamento de Parques e Jardins (DPJ) foram até o local e constataram que alguns galhos da seringueira podem cair a qualquer momento. Mas, mesmo com o risco, o serviço não foi realizado.

A administração do local teme que a queda dos galhos possa causar um acidente com as locomotivas, ou atingir passageiros que fazem o passeio de trem até Jaguariúna. O diretor administrativo da estação, Ivo Arias, disse que ligou duas vezes à Secretaria de Serviços Públicos para saber qual dia seria a poda. “Eles dizem que ainda não há uma programação. Eles vieram aqui e constataram o risco A estação é um local público, onde passam milhares de pessoas por mês”, disse Arias.

O fogo que comprometeu a árvore começou no matagal do entorno da estação. De acordo com o diretor, as chamas se alastraram rapidamente e alcançaram a copa da seringueira. Os bombeiros foram chamados para controlar o incêndio, mas disseram que não poderiam remover a árvore. “Nunca vi um fogo tão alto como aquele. Achei que fosse destruir a estação. O Corpo de Bombeiros veio logo e deteve as chamas. Mas eles disseram para eu ligar para a Defesa Civil para que os galhos fossem removidos”, afirmou o diretor.

A Defesa Civil, no entanto, informou a Arias que o DP, ligado à Secretaria de Serviços Públicos, era responsável por fazer esse tipo de serviço. O diretor então acionou o 156 da prefeitura para solicitar a remoção dos galhos e há três meses espera técnicos para cortar a seringueira. “Eu liguei várias vezes, mas eles só vieram ver a árvore depois de ter saído a matéria”, explicou o diretor. A Secretaria de Serviços Públicos informou que os galhos comprometidos serão podados até a próxima sexta-feira.

Passeio histórico

Aproximadamente mil pessoas passam pela Estação Anhumas aos finais de semana, para o passeio de trem até Jaguariúna, segundo Arias. A viagem de maria-fumaça percorre um trajeto de 25 quilômetros entre antigas fazendas cafeeiras, trafegando a velocidade média de 25 quilômetros por hora. O passeio é requisitado por escolas, que utilizam o trajeto para ensinar às crianças a história do desenvolvimento da região.

A estação é ainda frequentemente usada para gravações de novelas e filmes de época.