em santiago

Seis turistas - 2 de Hortolândia - morrem no Chile

Quatro adultos e dois adolescentes morreram em um apartamento, depois de terem supostamente inalado gás

Alenita Ramirez
23/05/2019 às 15:35.
Atualizado em 03/04/2022 às 10:01

Seis brasileiros, entre eles, um casal morador de Hortolândia, foram encontrados mortos na tarde desta quarta-feira (22), em um apartamento na área central de Santiago, capital do Chile. Os bombeiros suspeitam que um vazamento de gás usado no aquecimento central do apartamento, tenha provocado a tragédia. Era quatro adultos e dois adolescentes – 14 e 13 anos –, eram parentes e foram comemorar o aniversário de 15 anos da menina. Os corpos foram achados após familiares acionarem a polícia chilena. De acordo com a irmã de uma das vítimas, Luciane Padilha Kruger, o grupo estava a turismo e foi pagar a promessa que tinha feito à garota, sobrinha do casal Jonathas Nascimento Kruger, 30 anos, e Adriane Padilha Krueger, de 27 anos, moradores no Parque Ortolândia, em Hortolândia. A adolescente faria aniversário nesta sexta-feira (24). Jonathas era irmão da mãe da jovem: Débora Muniz Nascimento de Souza, 38 anos. O marido dela era Fabiano de Souza, de 41 anos. A garota se chamava Caroline Nascimento de Souza e também estava na companhia do irmão, Felipe Nascimento de Souza, 13 anos. Segundo Luciane, a menina pode ter sido a última a morrer, já que foi ela quem atendeu o celular e indicou o número do apartamento para que a polícia os encontrasse. “Eles estavam dormindo quando inalaram o gás. Acreditamos que tenha começado na noite da terça-feira”, disse Luciane.O apartamento fica no sexto andar de um prédio na Rua Santo Domingo com Mosqueto, no bairro de Belas Artes. O casal com os filhos são da cidade de Biguaçu, na Grande Florianópolis. O grupo chegou em Santiago no sábado e voltaria neste final de semana. Porém, tinha antecipado a volta, uma vez que a mãe de Jonathas e de Débora, que também mora em Biguaçu, estava em estado grave, em razão de um câncer. Ela faleceu na madrugada desta quarta-feira. “Ela estava enferma e morreu por volta das 4h30. Ligamos para avisá-los da morte. Quando o Jonathas atendeu ao telefone, estava com fala desconexa, meio tonto. Peguntamos o que estava acontecendo e disseram que estava passando mal e achavam que era de dois aquecimentos de ar no quarto deles. Chegamos a pedir para que abrissem portas e janelas, mas falaram que estavam sem forças. Mas disseram que voltariam ainda ontem” contou Luciane.Foi o último contato dos parentes com as vítimas. A localização da família brasileira tardou porque os parentes acreditavam que eles estavam hospedados em hotel. Os parentes tiveram que fazer um trabalho investigativo até achar o endereço. “Por volta das 14h conseguimos falar com a Caroline, mas ela estava muito mal. Ela passou o número do apartamento e avisamos a polícia, mas já era tarde. Quando a polícia arrombou a porta do apartamento, todos estavam mortos”, contou Luciane.Segundo fontes do Correio Popular que residem em Santiago, a poucas quadras do condomínio onde aconteceu a tragédia, há que reclamação de outros inquilinos, que alugaram o apartamento para temporada, sobre o cheiro de gás. O caso será investigado pela Polícia Chilena. A reportagem entrou em contato com o Itamaraty, mas não houve retorno até o fechamento desta edição. Segundo Luciane, os corpos ainda aguardam liberação. Os seis brasileiros serão enterrados em Biguaçu. Jonathas e Adriane tinham seguro de morte com translado, mas o restante não e a família busca recursos para trazê-los para o Brasil.

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