Gorinchteyn reúne-se com prefeitos da região de Campinas, secretários municipais de saúde e representantes de hospitais privados, serviços filantrópicos da região e do Sindicato dos Hospitais (Divulgação)
O secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Jean Gorinchteyn, estará hoje na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC) para discutir e delinear parcerias para a realização do Mutirão das Cirurgias, anunciado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) no dia 25 de maio. Estarão presentes no encontro o prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), além de outros chefes de executivo da região de Campinas, secretários municipais de saúde e representantes de hospitais privados, serviços filantrópicos da região e do Sindicato dos Hospitais (Sindihosp).
A ideia do Mutirão é zerar em até cinco meses as filas para a realização de cirurgias eletivas, que ficaram reprimidas por consequência da pandemia de covid-19. Na Regional de Saúde de Campinas, que é composta por 42 cidades, o Estado contabiliza 71 mil cirurgias represadas.
"Apenas com a estrutura do SUS (Sistema Único de Saúde), não conseguiremos zerar essa fila. Precisamos sensibilizar os hospitais privados para entrarem com a gente nesse mutirão. Quando o privado ajuda a construir o SUS, é melhor para todo mundo", afirmou a diretora do Departamento Regional de Saúde de Campinas, Fernanda Penatti Ayres Vasconcelos, que também estará presente no encontro. "Precisamos fazer um trabalho em conjunto, estruturando a equidade do SUS, resgatando as possibilidades sociais e reconstruindo a saúde afetada pela pandemia", acrescentou.
Ao todo, o Estado deverá investir R$ 350 milhões na realização dos procedimentos. O governador informou que a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) autorizou o governo a pagar o dobro do valor previsto na Tabela SUS. Por entender que esse é um momento de exceção. Ao todo, serão 54 diferentes tipos de procedimentos dentro de sete especialidades: aparelho circulatório, visão, digestiva e abdominais, osteomolecular e geniturinário, das glândulas endócrinas e em nefrologia.
Teletriagem
A partir desta terça-feira à tarde a Prefeitura de Campinas dá início ao projeto-piloto de teletriagem de pacientes em 10 unidades básicas de saúde: DIC I, Vila União, Florence, Valença, São Domingos, São Marcos, Barão Geraldo, Centro, Taquaral e Sousas. A iniciativa é uma parceria entre Secretaria de Saúde e Rede Mário Gatti de Urgência, Emergência e Hospitalar. De acordo com a Prefeitura, o principal objetivo é atender à alta demanda de sintomáticos respiratórios procurando por atendimentos. Entre a primeira e última semana de maio houve um crescimento de 90,5% no número de pessoas atendidas no SUS Municipal com queixas respiratórias.
A teletriagem vai funcionar da seguinte maneira: o paciente chegará aos centros de saúde, será atendido por um profissional de enfermagem e passará por uma avaliação de risco feita on-line por um médico que estará em uma sala devidamente equipada no Hospital Mário Gatti. Em caso de necessidade, o paciente será encaminhado para um pronto-socorro. Quarenta pacientes devem ser atendidos por dia pela teletriagem.O serviço está sendo implantado com recursos já existentes na rede, tanto de equipamentos como profissionais.
O projeto vai ajudar na futura implantação da telemedicina na rede pública municipal de saúde, cujo processo está em licitação e prevê a realização de serviços de teleconsulta, telediagnóstico, telemonitoramento ou televigilância e teleconsultoria.
A telemedicina, que também é conhecida como teleconsulta, ocorre por meio de uma plataforma que será disponibilizada pela unidade de saúde e que também deverá ser instalada no computador, tablet ou smartphone.
