Sarc fiscaliza, em 20 dias, 6 empresas e autua 5 por infrações
Agentes apreenderam, em Paulínia, produtos químicos clandestinos (Wagner Souza/AAN)
A 1ª Delegacia Seccional de Campinas reativou há 20 dias, o Setor de Arquivos e Registros Criminais (Sarc), que é responsável por cuidar dos crimes contra o meio ambiente - inclusive de defesa dos animais -, fazenda e tributário, bem como fiscalização e autorização para empresas que trabalham com produtos químicos. A unidade funciona no prédio do 1° Distrito Policial (DP), no bairro Botafogo, e tem como responsável o delegado Cícero Simão da Costa, titular do 1° DP. “Era um serviço que existia e ele foi absorvido agora. É um serviço de proteção ao meio ambiente e de crimes contra fauna e flora. Ambas as seccionais têm competência para atuar nos crimes ambientais”, disse o delegado da Seccional, Nestor Sampaio Penteado. O setor será responsável pela fiscalização de produtos químicos em empresas nas cidades de Paulínia, Valinhos e Vinhedo. Costa acredita que nestes municípios, existam entre 800 e mil empresas cadastradas. Paralelo aos crimes ambientais, a unidade também apurará as denúncias registradas na Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (Depa) e nas unidades de área. Apreensão De acordo com o investigador-chefe do Sarc, Marcelo Tadeu Felício, desde o início da reativação, seis empresas já foram fiscalizadas e cinco delas estavam irregulares. Foi lavrado Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e os proprietários foram orientados a fazer regularização. Anteontem à tarde, os policiais apreenderam sete bombonas de 50 litros cada com produtos químicos usados para lavagem de motor de caminhão, em uma empresa no Jardim Santa Terezinha, em Paulínia. O responsável pela empresa foi detido e levado para o Sarc, onde prestou depoimentos e liberado para responder ao crime contra meio ambiente em liberdade. “A partir de agora vamos intensificar as fiscalizações de empresas que trabalham com produtos controlados. É necessário que as empresas se regularizem, para que não haja dano ambiental. Os materiais de uso controlado não podem ser descartados de qualquer maneira e nem armazenados”, disse Costa. Os policiais civis chegaram a empresa, localizada nas margens da Rodovia Zeferino Vaz, durante fiscalização. Apesar de ter autorização da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para lavagem dos motores dos caminhões, a empresa não tinha alvará da Polícia Civil para armazenamento dos produtos químicos usados na lavagem e também mantinha no local, de forma irregular, cerca de 50 motores de caminhões sem uso e dezenas de pastilhas de lona de freio, sobre o solo e ao relento. Foram apreendidos 200 litros de desengraxante alcalino cáustico (Solupam) e 150 litros de thinner. Os produtos não tinham autorização de uso, além de armazenagem e descarte inadequados.