ALUGUEL IRREGULAR

Saúde procura novo lugar para a Farmácia Popular

Unidade na Rua Ferreira Penteado fecha por tempo indeterminado: problemas judiciais

Bruna Mozer
22/10/2013 às 22:47.
Atualizado em 26/04/2022 às 06:39
Farmácia Popular na Rua Ferreira Penteado, que terá novo endereço  ( Dominique Torquato/AAN)

Farmácia Popular na Rua Ferreira Penteado, que terá novo endereço ( Dominique Torquato/AAN)

A Farmácia Popular do Centro de Campinas ficará fechada por tempo indeterminado até que a Prefeitura consiga um novo prédio para ser alugado. A decisão foi tomada para que a Administração não sofra com problemas jurídicos relacionados ao aluguel do imóvel onde a farmácia funciona atualmente, na Rua Ferreira Penteado. Cerca de 6 mil pessoas são atendidas por mês na unidade.Segundo o secretário de Saúde, Carmino Antonio de Souza, não há prazo para que a farmácia seja transferida. Disse apenas que será o “mais rápido possível”. O problema veio à tona porque o aluguel era pago por meio de convênio com o Serviço de Saúde Dr. Cândido Ferreira, que foi encerrado em março por apresentar irregularidades. No entanto, mesmo com o fim da parceria, o custo foi assumido pela instituição por meio de outro convênio com a Prefeitura, o da saúde mental.Carmino disse que essa medida é inviável juridicamente e que pode acarretar problemas à Administração. Afirmou que está trabalhando para viabilizar uma solução, mas não quis estimar quando a situação será resolvida. Segundo ele, há um outro prédio, também na região central, que está sendo negociado pela Prefeitura.A Farmácia Popular distribui medicamentos gratuitos e com desconto. Esse é um projeto do Ministério da Saúde, mas que, segundo Carmino, desde 2010 foi congelado pelo governo federal. “Não queremos perder a unidades que temos em Campinas”, disse. Segundo ele, cerca de 30% dos medicamentos são distribuídos gratuitamente a pessoas com receita do Sistema Único de Saúde (SUS). O restante, 70%, é vendido a preços abaixo dos de mercado.Em Campinas, há uma outra unidade, que funciona no bairro Guanabara, mas que é menos acessível e com número de atendimento menor.ProblemasO problema com farmácias não é novidade em Campinas. Desde o ano passado, o governo reduziu o horário de atendimento das unidades que funcionam dentro dos centros de saúde por falta de farmacêuticos para atender.A decisão foi tomada após pressão do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que cobrou da Prefeitura o cumprimento do decreto 5.999 — estabelece que somente os farmacêuticos dispensem medicamentos a pacientes. A Prefeitura informou que tem tomado as providências e prevê contratar profissionais em breve, mas não deu previsão. Segundo a Administração, concurso público foi homologado em agosto e deverá amenizar a situação.

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