HEMODIÁLISE

Saúde isenta instituto por mortes em Indaiatuba

Vigilância investigou 12 óbitos de pacientes da clínica Thompson em 3 meses

Felipe Tonon
16/03/2013 às 07:30.
Atualizado em 26/04/2022 às 00:26

O Grupo de Vigilância Sanitária de Campinas, juntamente com técnicos do Centro de Vigilância Sanitária do Estado e do Departamento de Vigilância Sanitária de Indaiatuba, concluíram nesta sexta-feira (15) que a morte de 12 pacientes — entre os meses de dezembro de 2012 e fevereiro deste ano — que faziam hemodiálise no Instituto Thompson, em Indaiatuba, não estão relacionadas com as condições sanitárias do local, que chegou a ser questionada. A informação foi confirmada pela Prefeitura da cidade.

As inspeções sanitárias inciaram após registro de nove óbitos entre os meses de janeiro e fevereiro de pessoas que faziam hemodiálise na clínica. A investigação estendeu para o mês de dezembro, que registrou outras três mortes, totalizando 12.

O Correio teve acesso ao relatório produzido pelos auditores médicos do Centro de Vigilância Sanitária do Estado após a investigação realizada, que não encontrou irregularidades.

“Em nenhum caso (de morte) se encontrou evidência expressa de nexo causal entre os óbitos (…) e o atendimento dado pela Clínica Thompson no decurso de suas sessões de hemodiálise. Tais óbitos foram fortuitos, coincidentemente aglomerados e concentrados em pequeno espaço de tempo e determinados por patologias e intercorrências, inúmeras, que frequentemente acometem esses pacientes.”

O médico nefrologista Carlos Machado, diretor do Instituto Thompson, reiterou o que havia dito em fevereiro, na época da denúncia. “Trabalhamos com o que há de melhor em diálise. Os óbitos sempre vão ocorrer, mas pelo estado de saúde dos pacientes, não pelas máquinas”, afirmou Machado, que acredita ter sido vítima de uma “armação”.

“Denunciaram uma epidemia de mortes, o que não houve. Foram 12 óbitos em três meses, tudo dentro da normalidade.” A clínica Thompson assiste 200 pacientes que realizam 3 mil hemodiálises por mês; 80% são idosos.

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