INVESTIGAÇÃO

Saúde apura morte por meningite

Marido da vítima acusa os médicos da rede básica de negligência e descaso

Alenita Ramirez
alenita.jesus@rac.com.br
07/07/2018 às 19:00.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:05

Vanderleia Pereira da Silva morreu após ir várias vezes ao PS local (Facebook)

Uma atendente de 22 anos morreu nesta semana em Santa Bárbara d’Oeste, com suspeita de meningite meningocócica. O marido da jovem acusa os médicos da rede básica de saúde de negligência e também se diz indignado com um suposto descaso da Vigilância Epidemiológica local, que não fornecer vacina para ele e o filho do casal, de 2 anos. Em nota, a Prefeitura informou que a Secretaria de Saúde investiga o caso e alega que só neste ano foram registrados 14 casos da doença na cidade, com um óbito em janeiro. De acordo com o autônomo João Cléber Souza Bueno de Moraes, de 26 anos, Vanderleia Pereira da Silva começou a mal no domingo passado, com fortes dores de ouvido. Na última segunda-feira, ele a levou no Pronto Socorro do Hospital Edson Mano, onde foi consultada por um médico que teria dito que nunca tinha visto uma secreção tão forte como a dela. Ele a medicou, sem pedir exames, e a liberou. “Por volta das 5h da terça-feira, acordei com ela reclamando de dor forte de cabeça e a levei ao médico. Passaram uma injeção, remédios e a liberaram. Fomos para casa, mas a dor voltou e tive que levá-la mais uma vez ao médico à tarde”, contou. Vanderleia foi liberada para casa, mas na última quarta-feira pela manhã voltou a passar mal e foi levada para o PS. No entanto, ela não resistiu e morreu. “Na terça-feira, um médico disse que suspeitava de meningite, mas não fez nada. Não a internou. Eu quero justiça, pois é preciso evitar que mais gente morra por negligência médica”, disse João Cléber que promete processar os médicos. “O que mais me indignou também é que no laudo diz que minha mulher morreu de meningite, e fui buscar orientação para eu e meu filho recebermos vacina, mas a Vigilância informou que nada estava comprovado. Meu filho é pequeno e todo mundo sabe que a gente corre o risco de contrair o vírus. Tenho medo e serei obrigado a pagar vacina para nós dois”, disse. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde disse que a Vigilância Epidemiológica está investigando a suspeita sobre a causa da morte. “Quanto ao atendimento, tanto a Secretaria quanto a Ouvidoria da Saúde não registraram nenhuma queixa formal da pessoa”, citou o documento. “A vacina é utilizada para prevenção. Quando há um caso confirmado, o bloqueio é feito com antibióticos nas pessoas que convivem com o paciente. Pelos exames preliminares feitos até agora, não há necessidade de bloqueio”, frisou o assessor de imprensa da Prefeitura. 

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