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Sanasa inicia obra de grande porte na região do Castelo

Implantação de novo interceptor de esgoto deve durar seis meses e pode causar alguns transtornos no período

Da Redação
29/04/2025 às 11:56.
Atualizado em 29/04/2025 às 12:45
Não será necessário interromper o fornecimento de água, mas haverá interrupção parcial do trânsito nas vias onde a obra será realizada (Rodrigo Zanotto)

Não será necessário interromper o fornecimento de água, mas haverá interrupção parcial do trânsito nas vias onde a obra será realizada (Rodrigo Zanotto)

A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A (Sanasa), empresa de economia mista responsável pelo abastecimento de Campinas, iniciou no último sábado, 26, uma obra de grande porte para a implantação de novo interceptor de esgoto, em substituição ao atual, que levará os dejetos dos bairros Castelo, Chapadão, Jardim Guanabara, Botafogo e parte do Bonfim para tratamento na estação Anhumas, a maior da cidade.

De acordo com a empresa, serão instalados 1.084 metros de tubulações em polietileno de alta densidade (PeAD) e em PVC, com 50 centímetros de diâmetro. Boa parte da obra será realizada por método não destrutivo (MND), causando o menor impacto possível para a população local e a quem circula pela região.

O interceptor atual será trocado por ser antigo e estar sujeito a rompimentos, provocando vazamentos. Para evitar que esses episódios ocorram, a obra está sendo executada preventivamente.

O traçado da obra corre em paralelo ao interceptor já existente e compreende trechos da Rua Dr. Rodrigues Alves, travessia subterrânea da Avenida Andrade Neves e Rua Delfino Cintra, para se conectar com o interceptor da Avenida Orosimbo Maia. Até que o novo interceptor seja instalado, a tubulação atual continua funcionando normalmente. Depois, será desativada. Cerca de 30 mil moradores da região serão beneficiados, segundo a Sanasa.

Para a construção do novo interceptor, estão sendo investidos R$ 3,7 milhões com recursos próprios da Sanasa. O serviço está previsto para ser concluído em seis meses e pode gerar transtornos como toda obra, mas a empresa argumentou que trata-se de um fato temporário com benefícios de longo prazo.

Como a obra é para construção do novo interceptor, não será necessário interromper o fornecimento de água, mas nas vias onde a obra será realizada haverá interrupção parcial do trânsito, com apoio da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec). Se necessário, as obras se estenderão ao período noturno, segundo a empresa. 

SISTEMA

O sistema de esgotamento sanitário é formado por redes coletoras de esgoto – tubulações de pequeno diâmetro que saem dos imóveis. A partir desse ponto, o esgoto percorre pelos interceptores ou coletores-tronco, que são tubulações maiores, e passa por emissários até chegar às estações onde é tratado.

O sistema de tratamento de esgoto em Campinas possui um alto índice de cobertura, atendendo atualmente 97,10% da população urbana com esgotamento sanitário. A Sanasa utiliza diversas tecnologias de tratamento, incluindo níveis secundários e terciários, com destaque para a Estação Produtora de Água de Reúso EPAR Capivari II e EPAR Boa Vista, que utilizam um sistema de ultrafiltração avançado.

A rede de coleta tem 4.387 quilômetros, incluindo redes coletoras, coletores-troncos, interceptores e emissários, que funcionam em conjunto para encaminhar o esgoto até as estações de tratamento. Campinas conta com 19 Estações de Tratamentos de Esgoto (ETEs), que utilizam diferentes concepções de tratamento, como lodos ativados, MBBR, reatores anaeróbios, lagoas de estabilização, entre outros.

As Estações Produtoras de Água de Reúso (EPARs) Capivari II e EPAR Boa Vista utilizam tecnologias avançadas, MBR (Membrane Bioreactor) como ultrafiltração, para produzir água de reúso de alta qualidade, que pode ser utilizada para diversas finalidades não potáveis. A ETE Anhumas, maior de Campinas, está em obra de modernização para ser transformada em EPAR. Com isso, 50% do esgoto da cidade será tratado em nível terciário.

A Sanasa também investe constantemente na modernização e expansão da infraestrutura de esgotamento sanitário, com retrofit de ETEs e a ampliação das EPARs. Devido aos investimentos em saneamento, R$ 1 bilhão nos últimos quatro anos, Campinas apresenta indicadores positivos, com altos índices de atendimento e tratamento de esgoto, contribuindo para a qualidade de vida da população e a preservação do meio ambiente.

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