ÁGUA E ESGOTO

Sanasa faz 600 manutenções de rede por dia em Campinas

Desse total de serviços, 133 ocorrências são relativas a reparos de vazamentos

Thiago Rovêdo
30/04/2022 às 11:21.
Atualizado em 30/04/2022 às 11:21
Serviços de reparos de vazamento, ligações de abastecimento de água e de rede esgoto foram expostos por Marco Antonio dos Santos, diretor da Sanasa (Ricardo Lima)

Serviços de reparos de vazamento, ligações de abastecimento de água e de rede esgoto foram expostos por Marco Antonio dos Santos, diretor da Sanasa (Ricardo Lima)

A Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa) realiza cerca de 25 serviços de manutenção de rede de água e esgoto por hora na cidade de Campinas. Do total de 600 ocorrências por dia, 133 são relativas apenas a reparos de vazamentos — um total de 22,1%. Atualmente, a chamada perda de água representa 20% to total captado dos rios que abastecem o município.

O serviço de manutenção é composto, além dos reparos de vazamentos, por novas ligações de abastecimento de água em casas, empresas, chácaras, etc., substituições de cavaletes, ligações novas de esgoto, entre outros. De acordo com o diretor técnico da Sanasa, Marco Antônio dos Santos, reparos são necessários e causados por diversos fatores que não somente o desgaste da tubulação.

"Reparos são inerentes à operação do sistema de saneamento por diversos motivos. Todo o sistema é enterrado, sujeito a tráfego pesado, trepidações, variação de temperatura, episódios de alteração de pressão na rede, entre outros", afirmou.

Por outro lado, o diretor aponta, de forma positiva, que o índice de ocorrências de vazamentos é baixo. Hoje, há um reparo a cada 69 quilômetros. "Santos, por exemplo, tem um a cada 27. Uma vez houve uma pesquisa comparando Estados Unidos e Canadá e nosso índice é igual do primeiro e melhor que o do segundo país", contou. 

A empresa frisou que, em todas as operações de reparos, que duram uma média de seis horas após a notificação do problema, a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) é acionada para acompanhar e orienta a sinalização do início até o final da obra, incluindo a sinalização de solo até o recape da área do reparo com a massa asfáltica. 

"Vale lembrar também que a Sanasa não faz o serviço completo em um dia por uma questão de custo. O asfalto, para uso em recapeamento, exige uma temperatura que oscila entre 150ºC e 200ºC, é necessário que esse serviço seja programado, para não se correr o risco de desperdício no emprego do material", explicou.

O líder da "sala de situação", Davi Lamas, onde toda a tubulação, trabalho, abastecimento, captação, entre outros serviços são acompanhados, explicou que a programação de recapeamento é feita em até 24 horas para o Centro da cidade, já que concentra o maior volume de tráfego e 48 horas no resto da cidade.

"De novo, esses índices são muito mais baixos dos praticados, por exemplo, pela Sabesp, que cumpre o recapeamento em 72 horas na área central da capital e em até uma semana no restante da cidade", disse. 

O gerente de projetos Rovério Pagotto Júnior contou que, somente em 2021, foram trocados 151 quilômetros de tubulação. A Sanasa utiliza um método semelhante àquele que abre túneis do metrô. A máquina entra em um buraco pequeno, no início do trecho e, sem perturbar o tráfego, emerge em outro pequeno buraco, muitos metros à frente.
"As redes antigas que, em alguns bairros, foram enterradas no início do século XX, são trocadas por novas, de polietileno de alta densidade, com durabilidade média de mais de 50 anos", explicou.

Marco Antônio dos Santos também lembrou que Campinas conta hoje com uma rede de tubulação de água de 4.771 quilômetros e, quando somada à de esgoto, chega a 9,2 mil quilômetros. Se todo o encanamento fosse colocado em uma linha reta, chegaria até a cidade de Paris, na França.

"Em 2021, a troca desses 151 quilômetros foi feita sem que a cidade tivesse sofrido nenhum grande impacto, como algum bairro ou região ficar sem abastecimento. Isso tudo é graças aos avanços tecnológicos com que as obras agora são feitas", concluiu.

Campinas é abastecida em cerca de 95% pela água captada pelo Rio Atibaia. Para um morador da região do Campo Grande, a água coletada no Rio Atibaia percorre cerca de 34 quilômetros, entre ser tratada, despachada nas adutoras, reservada em grandes reservatórios, distribuída nas redes, até chegar na casa de cada família.


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