SAÚDE

Samu: vereadores cobram solução

Parlamentares exigem resposta rápida para o caso das dez ambulâncias paradas em oficinas

Rogério Verzignasse
23/02/2018 às 07:36.
Atualizado em 22/04/2022 às 14:19
Ambulância quebrada e macas do Samu, em Campinas: serviço opera atualmente com apenas duas das 12 unidades de atendimento básico (Dominique Torquato/AAN)

Ambulância quebrada e macas do Samu, em Campinas: serviço opera atualmente com apenas duas das 12 unidades de atendimento básico (Dominique Torquato/AAN)

Uma comissão especial formada por três vereadores esteve na manhã de quinta-feira na sede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e constatou a informação, já antecipada em reportagem do Correio Popular, de que o serviço opera atualmente com apenas duas das 12 ambulâncias de atendimento básico. Nada menos que dez veículos estão quebrados, e não são consertados porque o contrato de manutenção firmado entre a Prefeitura e as oficinas está vencido. Diante do quadro, os vereadores exigem que o Executivo firme um contrato emergencial, para que pelo menos parte dos veículos esteja imediatamente à disposição dos campineiros. O serviço recebe, diariamente, 250 chamados. A situação só não é mais desesperadora por que operam normalmente as três viaturas de atendimento avançado (equipadas com UTI móvel). “Quando o cidadão requisita o serviço e não há veículo disponível na base, o Samu precisa pedir ajuda do veículo de resgate do Corpo de Bombeiros, por exemplo”, explicou a coordenadora Elisângela Franco Nonato, que recepcionou os vereadores. O contrato não foi renovado por razões burocráticas. Desde que o governo municipal foi citado no processo que investiga o suposto desvio de recursos da administração do Hospital Ouro Verde, diretores se sucedem nos cargos e os procedimentos administrativos são interrompidos e reiniciados. “Não podemos admitir que, por conta de obstáculos administrativos, a população deixe de contar com as ambulâncias”, afirma o vereador Luiz Henrique Cirilo (PSDB), que integra a Comissão de Representação. E o mais curioso, contatado por meio da análise de um relatório técnico cedido pela coordenação do Samu, é que muitos veículos estão parados por conta de defeitos supostamente simples: vazamento de óleo, câmbio avariado, pequenas batidas, lanternas queimadas, freios desgastados. “A maioria dos veículos pode voltar rapidamente às ruas e atender à população, sem que o conserto represente gastos absurdos”, considerou o vereador Zé Carlos (PSB), que também integra a comissão.   Motolâncias paradas Outra informação deixou os vereadores alarmados. O Samu tem sete motolâncias paradas, simplesmente porque não conta com servidores que as operem. Os condutores foram aprovados em concursos público, mas ainda não foram convocados para assumir os cargos. As motos, no caso, também são muito importantes. Podem chegar mais rapidamente a um cidadão que liga por socorro, por exemplo, apesar do trânsito complicado. O socorrista, no caso, pode antecipar serviços e prestar primeiros socorros, por exemplo, a uma pessoa que sofreu um acidente, até a chegada do médico. Na saída do Samu, os membros da Comissão de Representação já começaram a articular uma reunião de emergência com secretários municipais que estão à frente da Saúde, Negócios Jurídicos, Gestão e RH, de forma que seja traçado imediatamente um plano emergencial para que se resolva a questão. 

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