CAMPINAS

Samu e PM deixam de operar na central integrada de monitoramento

A Cimcamp foi implantada em julho de 2006 com a proposta de integrar os órgãos para facilitar a tomada de ações preventivas e emergenciais

Inaê Miranda
19/06/2015 às 20:05.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:23
O Sistema Integrado de Câmeras de Vigilância de Campinas (  Cedoc/RAC)

O Sistema Integrado de Câmeras de Vigilância de Campinas ( Cedoc/RAC)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a Polícia Militar (PM) não operam mais junto à Central Integrada de Monitoramento de Campinas (Cimcamp). Os profissionais da Regulação do Samu deixaram de atuar na sede da central na na sexta-feira (12) e foram realocados na própria base, localizada na Vila São Jorge. De acordo com a Secretaria de Saúde de Campinas, a medida foi adotada para cumprir uma portaria do Ministério da Saúde e para organizar a estrutura do serviço da forma como considera ideal. Dez profissionais atuavam na central de monitoramento por plantão. A Polícia Militar deixou o órgão em dezembro de 2014, informou, “por necessidade de adequação e realocação para as funções de polícia ostensiva”. A corporação deslocava um homem por turno.A Cimcamp foi implantada em julho de 2006 com a proposta de integrar os órgãos para facilitar a tomada de ações preventivas e emergenciais, com o acompanhamento em tempo real do dia a dia da cidade por meio do monitoramento por câmeras, radares, agentes em campo e informações recebidas pela central telefônica.Até agosto passado, o serviço mantinha a atuação integrada de sete órgãos: Guarda Municipal (GM), Serviços Técnicos Gerais (Setec), Defesa Civil e Empresa de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), além do Samu e das polícias Civil e Militar. Com a saída do Samu e da PM, a Cimcamp conta atualmente com cinco órgãos, sendo que a Polícia Civil tem atuação esporádica e o único integrante da Setec está de férias. A Defesa Civil também poderá deixar a Cimcamp, segundo o Sindicato dos Servidores Públicos de Campinas.A Central de Regulação do Samu saiu da base da Cimcamp na semana passada por falta de espaço e porque uma portaria do Ministério da Saúde determina a atuação do serviço em espaço próprio, conforme afirmou José Roberto Hansen, diretor do serviço. A Secretaria de Saúde informou que, além de cumprir a portaria, a mudança permite manter os médicos, operador de frota e telefonistas atuando juntos. A pasta informou que a Cimcamp estuda uma forma de integrar a comunicação com o serviço de atendimento de urgência.A PM passou a integrar a central em meados de 2011. Em nota, o Comando da Polícia Militar informou que o motivo da saída dos policiais “se deu por necessidade de adequação e realocação para as funções de polícia ostensiva e de preservação da ordem pública, onde os PMs foram destacados para a atividade de policiamento ostensivo, com o fito de reforçarem a atividade final de polícia junto à população”.A Secretaria de Segurança de Campinas, responsável por gerenciar a Cimcamp, ressaltou que a saída da PM foi por questões internas da corporação e que o serviço continua com a atuação de outros órgãos. Em relação à Polícia Civil, a pasta informou que ela atua junto à Central por demanda, quando precisa monitorar alguma área específica, por exemplo. Ressaltou que a Defesa Civil continua atuando na Cimcamp.A saída do Samu e da PM, segundo Lourivan Valeriano, diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal, desfaz a proposta inicial da Cimcamp, que era de integração dos serviços. Ele afirmou ainda que, além da PM e Samu, a Defesa Civil ameaça deixar a Central. “A previsão é de que a Defesa Civil também vai sair em breve. Se o projeto era integração, um elemento saindo de qualquer forma quebra o elo. Com a saída desses órgãos, a integração passa a existir apenas de forma parcial”, disse.

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