ESTRUTURA

São Paulo vai separar comandos da polícia

Civil integrará oficialmente a pasta da Justiça e da Defesa da Cidadania; PM segue na Segurança

Henrique Hein
13/04/2018 às 07:47.
Atualizado em 23/04/2022 às 13:52
  (Cedoc/RAC)

(Cedoc/RAC)

A Polícia Civil do Estado de São Paulo deixará a Secretaria de Segurança Pública (SSP) para integrar oficialmente a Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania. A informação foi revelada ontem, em entrevista coletiva, pelo prefeito de Campinas Jonas Donizette (PSB). Segundo ele, o atual governador, Márcio França (PSB), que substituiu Geraldo Alckmin (PSDB) para o tucano concorrer à Presidência, pretende, nos próximos dias, anunciar a decisão. O plano de França segundo Jonas, é fazer uma reformulação geral no sistema estadual de segurança pública e social. A mudança já vinha sendo cogitada e chegou a ser ventilada na imprensa nas últimas semanas. Com a confirmação, Jonas afirmou que a novidade será importante no combate à violência, já que trará mais segurança para a população. “A Polícia Civil investiga e elucida os crimes, então ela estará ligada à Secretaria de Justiça, enquanto a Polícia Militar vai permanecer fazendo parte da Secretária de Segurança Pública (SSP)”, revelou. Questionado sobre o funcionamento desse novo modelo, Jonas disse também que dois novos nomes ainda serão escolhidos por França para comandar os dois setores da polícia. Ele informou que a PM terá necessariamente um “militar com experiência” à frente da corporação. Outra mudança que deverá acontecer e ser anunciada este mês também é a criação de uma equipe especializada no combate aos crimes que envolvem brigas e discussões de bairros. “Hoje grande parte do trabalho que é feito pela polícia são de conflitos familiares ou entre vizinhos. Então, a Polícia Militar vai também contar com um órgão específico para esse tipo de problema, para que o policial armado possa cuidar única e exclusivamente do enfrentamento dos criminosos”, informou o prefeito. A separação entre os comandos das polícias é defendida como solução ideal por vários analistas para melhorar a gestão das corporações e diminuir os atritos. Por terem vocações distintas, invariavelmente há ruídos que acabam por trazer constrangimento e problemas para os comandantes, sobretudo para a cúpula da Segurança Pública. França e Jonas A relação entre Jonas e França se tornou mais próxima depois que o ex-governador Geraldo Alckmin renunciou ao cargo para se candidatar à presidência da República nas eleições de outubro desse ano. De acordo com o prefeito, a boa relação deverá trazer bons frutos para Campinas. “Assim que o Márcio França assumiu, nós colocamos para ele uma reivindicação para a cidade de Campinas, que é o acesso à Rodovia dos Bandeirantes pela Região do Ouro Verde e do Campo Grande. O governador deu aval e nós devemos ter a concessionária CCR AutoBAn preparando um estudo. Isso ainda não está no escopo da concessão deles, mas eu coloquei isso como uma das principais reivindicações”, afirmou Jonas. 

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