Em Barão Geraldo

Rua alagada é martírio de motorista

Via, que acaba em uma ladeira sem saída e que não tem bueiro, forma poças de até 1m de altura

Henrique Hein
01/09/2018 às 18:48.
Atualizado em 22/04/2022 às 06:01
Via, que acaba em uma ladeira sem saída e que não tem bueiro, forma poças de até 1m de altura (Henrique Hein/AAN)

Via, que acaba em uma ladeira sem saída e que não tem bueiro, forma poças de até 1m de altura (Henrique Hein/AAN)

Não poder sair de casa por causa de um descaso público da Prefeitura, virou rotina na vida do motorista Rui Roberto Filho, de 46 anos, que mora na Rua João Miguel Alves, no distrito de Barão Geraldo, em Campinas. A via termina em uma ladeira sem saída, não tem bueiro e, por conta disso, durante os dias de forte chuva fica completamente alagada. As marcas na parede e nos postes de energia da rua não deixam dúvidas: a poça de água formada já chegou a atingir um metro de altura. Em 2015, o Correio Popular já havia denunciado a situação e nada foi feito desde então. No Natal do ano passado, O temporal foi tão intenso que chegou a invadir a garagem de sua residência e por pouco a festividade natalina não acabou em escuridão, já que a poça de água quase atingiu o disjuntor de energia de sua residência. “Basta chover um pouco mais forte que a rua fica alagada. A gente não tem como sair de casa e fica na torcida para que a água abaixe logo e nada de pior aconteça”, disse Rui Roberto. A reportagem esteve no local e constatou que o problema das inundações vai muito além dos moradores. No local, há uma casa de acolhimento de idosos, que já chegou a ficar inundada por causa do descaso público. Rui Roberto conta que busca uma solução para o problema há sete anos e que já entrou em contato com a Administração centenas de vezes pelo Serviço 156, “Não dão a mínima para o caso”, disse o motorista, que por conta de uma trombose em uma das pernas, tem dificuldade para andar. Buscando uma solução para o problema, ele chegou a implorar para que a Subprefeitura de Barão Geraldo fizesse algo, mas a resposta não foi diferente da que é dada pelo Governo Municipal. Além das inundações, outra questão que preocupa Rui e os outros moradores é a proliferação do mosquito da dengue e a insegurança do local. Ele comentou que tem medo de ficar doente e que por esse motivo passa citronela todos os dias em sua casa para espantar eventuais pernilongos. Essa preocupação existe, porque ao lado de sua casa há um terreno visivelmente abandonado e com o mato muito alto. “Além da dengue, temos medo de pegar outras doenças decorrentes desse matagal e de sermos assaltados. Já ligue na Prefeitura e eles me disseram que isso é de responsabilidade do proprietário e que não podem fazer nada”, frisou. Palavra da Prefeitura Procurada pela reportagem, a Prefeitura informou que a situação será avaliada por equipes de várias áreas e pela Subprefeitura de Barão Geraldo, que faz a manutenção e o atendimento no local sempre que necessário, para que se estude uma solução. Em 2015, a Administração também havia dito que o caso seria encaminhado para a Pasta e que enviaria uma equipe ao local para avaliar e buscar uma solução para o problema. A impressão que a reportagem teve é de que nada foi feito para ajudar os moradores da via. Segundo Rui Roberto, uma equipe de limpeza da Prefeitura chegou a visitar o local, mas “fez vistas grossas”, comentou.

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