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Roubo de veículos é o menor em 17 anos

O número de roubos e furtos de veículos em Campinas no primeiro bimestre de 2019 é o menor já registrado nos últimos 17 anos, segundo dados

Henrique Hein
28/03/2019 às 10:29.
Atualizado em 04/04/2022 às 20:46

O número de roubos e furtos de veículos em Campinas no primeiro bimestre de 2019 é o menor já registrado nos últimos 17 anos, segundo dados estatísticos divulgados ontem pela Secretária de Segurança Pública (SSP) do Estado de São Paulo.  Trata-se do melhor índice já computado pelo órgão, que começou a divulgar as informações em 2002. Ao todo, 393 roubos e 514 furtos foram praticados na cidade nos meses de janeiro e fevereiro deste ano. Essa é a primeira vez que a taxa de roubos e de furtos fica abaixo das 400 e das 590 ocorrências, respectivamente. Na comparação ano a ano (2002 a 2019) o que se vê é uma diminuição gradativa no volume de ocorrências em ambas as modalidades. Em 2002, por exemplo, a quantidade de veículos roubados na cidade era quase três vezes maior do que agora: 1.161 ocorrências contra as atuais 393. Em 2003, o número de furtos foi o maior em um primeiro bimestre: 1.028 casos. Passados quase duas décadas, a redução é de praticamente 50% na comparação com os dados de 2019 (514 furtos). Segundo o titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Campinas, Roney de Carvalho Barbosa Lima, a queda é fruto do trabalho da polícia civil. “Passamos a contar com um setor especializado para cuidar exclusivamente dos casos de furtos e roubos que acontecem no município. Além disso, temos nos organizado melhor para desmantelar crimes em lojas e autopeças”, disse. “As novas câmeras inteligentes que a Prefeitura instalou em alguns pontos da cidade também nos deram um upgrade excelente. Não é por acaso que os números vêm sofrendo quedas constantes”, afirmou. Mais tecnologia Para o professor de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Campinas, José Henrique Specie, o avanço da tecnologia e o sentimento crescente de insegurança da população ao longo da última década são alguns dos fatores que ajudam a explicar essa queda. “As ferramentas de combate ao crime que se têm hoje são inegavelmente muito mais eficientes e preparadas para inibir as ações criminosas do que as que se tinha no começo da década passada”, avaliou. “No entanto, é preciso entender também que nos últimos anos os brasileiros passaram a buscar alternativas de proteção contra a violência, como a implantação de dispositivo de segurança nos carros e a compra de imóveis em condomínios fechados”, ressaltou.

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