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RMC tem três cidades entre as mais seguras

Nova Odessa, Santa Bárbara e Vinhedo se destacam no estudo

Daniel de Camargo
23/08/2020 às 02:24.
Atualizado em 28/03/2022 às 18:01
Nova Odessa ocupa a terceira posição no ranking das mais seguras e tem os melhores índices da RMC (Cedoc/RAC)

Nova Odessa ocupa a terceira posição no ranking das mais seguras e tem os melhores índices da RMC (Cedoc/RAC)

Três cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) aparecem entre os dez municípios mais seguros do Estado de São Paulo em estudo lançado pelo Instituto da Paz na última semana. A análise mediu a exposição da população à violência com base em crimes registrados pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP) no primeiro semestre deste ano. Nova Odessa, Santa Bárbara d'Oeste e Vinhedo ocupam a terceira, sexta e sétima posição, respectivamente, no ranking do Índice de Exposição a Crimes Violentos (IECV). O IECV é calculado a partir da média ponderada de três subíndices: crimes letais (homicídio e latrocínio), crimes contra a dignidade sexual (estupro) e crimes contra o patrimônio (roubo, roubo de veículo e roubo de carga). O resultado é apresentado numa escala de zero (melhor indicador possível) a 100 (pior indicador possível). São analisados, segundo esses critérios, os 139 municípios paulistas com ao menos 50 mil habitantes. Nesta edição, registraram sequencialmente os dez menores índices: Matão (0,80), São José do Rio Pardo (1,06), Nova Odessa (1,20), Tupã (1,23), Monte Alto (1,26), Santa Bárbara d'Oeste (1,50), Vinhedo (1,53), Taquaritinga (1,57), Piracicaba (1,58) e Salto (1,59). Campinas aparece na posição de número 103. Em contrapartida, atualmente, Itanhaém, na Baixada Santista, contabilizou o pior indicador (7,94), sendo apontada como cidade mais violenta do Estado. A Capital, São Paulo, obteve índice 5,71, que a coloca como o 14° município menos seguro. Diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo comenta que, "devido à quarentena, houve uma profunda mudança na circulação e comportamento das pessoas que afetou o fenômeno criminal, tornando necessário um olhar detalhado e uma maior atenção dos gestores públicos para o período". Principalmente entre março e maio, quando o receio da infecção era maior, as ruas foram esvaziadas. Entre os índices que sofreram alteração no Estado no primeiro semestre estão os crimes patrimoniais, com queda de 31% dos roubos de veículos, por exemplo, em comparação com o mesmo período de 2019. Por outro lado, os homicídios subiram 4,5%. Os estupros apresentaram queda de 14%. Sobre esse crime que fere a dignidade sexual do cidadão, Carolina alerta que, "os números podem ser maiores, já que este é um crime sujeito à subnotificação." RMC Além de Nova Odessa, Santa Bárbara D'Oeste e Vinhedo, outras 12 cidades pertencentes à Região Metropolitana de Campinas (RMC) tiveram suas estatísticas criminais analisadas. Os menores índices foram obtidos sequencialmente por: Valinhos (1,62), Artur Nogueira (1,95), Indaiatuba (2,43), Jaguariúna (2,66), Itatiba (2,84), Americana (2,89), Paulínia (3,39), Hortolândia (3,52), Sumaré (3,55), Monte Mor (3,82), Cosmópolis (4,5) e Campinas (4,23). Engenheiro Coelho, Holambra, Morungaba, Pedreira e Santo Antônio de Posse têm menos de 50 mil habitantes e, por isso, não tiveram seus dados examinados. SAIBA MAIS Lançado pela primeira vez em 2018, o IECV foi criado para facilitar uma avaliação que agregue várias dimensões da violência e da segurança pública no Estado de São Paulo. O estudo analisa diferentes tendências criminais e permite uma comparação das estatísticas entre cidades e distritos policiais ao longo do tempo. Desse modo, possibilita, por exemplo, a comparação do nível de exposição da população a esses crimes. Diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo frisa que, a partir dessa análise, cabe ao governo do Estado de São Paulo e às autoridades dos municípios implementar medidas eficazes de segurança pública e de prevenção.

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