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RMC tem 2ª morte suspeita por dengue

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou a segunda morte por suspeita de dengue em 2019. Dessa vez, o caso ocorreu em Americana

Renato Piovesan
renato.piovesan@rac.com.br
12/04/2019 às 10:18.
Atualizado em 04/04/2022 às 10:03

A Região Metropolitana de Campinas (RMC) registrou a segunda morte por suspeita de dengue em 2019. Dessa vez, o caso ocorreu em Americana. O aposentado Milton Benedicto, de 69 anos, morreu na última quarta-feira, depois de ter sido internado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi. O corpo foi sepultado ontem no Cemitério da Saudade da cidade. De acordo com a Vigilância Epidemiológica, o paciente morreu por febre hemorrágica "a esclarecer". Foi realizado o envio de material para o Instituto Adolfo Lutz, que vai determinar a causa da morte até o fim do mês. Milton era solteiro e não deixa filhos. Ele residia no bairro São Domingos, onde colaborava com a paróquia da comunidade. Em nota, a Secretaria de Saúde de Americana confirmou que a suspeita é para dengue, febre amarela, febre maculosa ou leptospirose, doenças que possuem sintomas semelhantes. Neste ano, há confirmação de 272 casos de dengue em Americana, com 585 casos ainda aguardando resultado. De janeiro até o dia 10 de abril, o município contabilizou 1.239 notificações de casos suspeitos da doença. Em 2018, durante o ano todo, foram 128 notificações, das quais 15 confirmadas para a doença. Mais um O outro caso de morte suspeita por dengue na região foi registrado em Campinas, onde uma estudante morreu no domingo no Hospital Vera Cruz, justamente no dia em que completou 19 anos. Laura Oliveira Straccialano cursava o segundo ano de pedagogia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Se confirmada, essa será a primeira morte causada por dengue em Campinas desde 2015. A Secretaria de Saúde de Campinas confirmou a suspeita de dengue e o óbito continua sob investigação pelo Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa). "Os exames estão em processamento no Instituto Adolfo Lutz", informou. Balanço Campinas vive uma epidemia de dengue em 2019. Em uma semana, o número de pessoas infectadas pela doença fez com que a cidade registrasse um crescimento de ocorrências de 156% em comparação ao ano passado, com 2.048 casos — 15 vezes mais que o total registrado ao longo de todo o ano de 2018. Outros 2.417 casos suspeitos estão sob investigação na cidade. Os números fazem parte do levantamento divulgado nesta última semana. Um novo balanço deve ser anunciado pela Prefeitura na próxima semana. Até o momento, a região da cidade mais atingida pela dengue é a Noroeste, onde fica o distrito do Campo Grande, com 47% dos casos (969). Na sequência, estão quase empatadas as regiões Sudoeste e Sul, com 305 e 302 casos, respectivamente. A primeira engloba o distrito do Ouro Verde, enquanto a segunda concentra bairros que vão desde o Campo Belo até São Bernardo. Segundo determinação da Secretaria de Saúde, os casos de suspeita de dengue devem ser tratados como prioridade em todos os 65 Centros de Saúde (CS) de Campinas. Foram estabelecidas duas unidades de referência na rede — Centro de Saúde São Bernardo, que é próximo ao Hospital Mário Gatti, e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Campo Grande, que fica na região mais afetada pela dengue. Essas unidades terão uma equipe exclusiva para atender casos da doença, com enfermagem, médico, coleta de exame e sala de hidratação. Projeções Para este ano, a projeção era de que os total de casos de dengue ficasse entre 3 mil e 5 mil. Para piorar a situação, todos os casos registrados no ano são do vírus tipo 2 (DEN-2), o que preocupa ainda mais as autoridades, já que quando uma pessoa pega um tipo de dengue, ela fica imune a ele automaticamente. O problema, contudo, é que como o tipo 2 não circulava na cidade há muito tempo, e praticamente 100% dos moradores estão suscetíveis a serem contaminados.

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