Americana e Santa Bárbara d’Oeste são as duas cidades com mais vítimas fatais na região, respectivamente 28 e 25
Em Campinas, a Secretaria de Saúde divulgou 19 bairros com risco alto de dengue e que terão ações reforçadas de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença; região da Vila Costa e Silva, Jardim Santa Genebra e Vila Miguel Vicente Cury está na lista (Rodrigo Zanotto)
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) ultrapassou a marca de 100 mortos e 100 mil casos de dengue desde o início do ano até o fim da semana passada. Os dados são do "Painel de Arbovirose - Dengue" da Secretária Estadual de Saúde. As cidades com maior número de vítimas fatais da doença são Americana, com 28; Santa Bárbara D'Oeste, com 25; Indaiatuba 14; e o município de Sumaré, com 11. Em todo o Estado já são 861 mortes e 767.822 casos confirmados da doença.
A doença matou 109 pessoas em quase seis meses na RMC e fez 102.938 vítimas não fatais. A região ainda contabiliza 1.904 notificações com sinais graves e 292 casos já considerados graves. A dengue grave, também conhecida como dengue com sinais de alarme, ou anteriormente dengue hemorrágica, é uma complicação potencialmente fatal da doença que pode surgir entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas. Ela se caracteriza por complicações como vazamento de plasma, acúmulo de líquidos, choque, dificuldade respiratória e sangramentos.
De acordo com os dados do Painel do Estado, a cidade de Campinas apresenta o maior número de casos positivos de dengue com 39.809, enquanto Indaiatuba aparece em segundo lugar com 9.002. Na sequência, estão Americana (8.817), Santa Bárbara (7.200), Jaguariúna (6.516); Hortolândia (6.383) e Sumaré (5.483 confirmações).
Com apenas um óbito aparecem as cidades de Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra e Paulínia. Sem nenhuma vítima fatal estão os municípios de Itatiba, Morungaba e Pedreira (veja quadro).
CAMPINAS
Em Campinas, pelo Painel de Arboviroses do Estado, são 39.809 casos confirmados da doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, 991 com sinais graves e 104 graves. São quatro mortes no registro do Estado, embora o município de Campinas ainda não tenha confirmado o último óbito em seu painel, onde constam apenas três vítimas fatais.
A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nesta semana a 24ª edição do Alerta Arboviroses. Ele indica 19 bairros com reforço em ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus da dengue, zika vírus e chikungunya.
Os bairros são Jardim Santa Genebra, Vila Costa e Silva, Vila Miguel Vicente Cury e Parque Alto Taquaral (região leste); Vila Castelo Branco e Jardim Lisa (noroeste); Vila Santa Isabel, Jardim Independência, Jardim São Gonçalo e Real Parque (norte); Chácara São José, Jardim São Francisco, Chácara Formosa, Jardim Cristina, Vila Aeroporto e Jardim Filadélfia (sudoeste); Jardim Campo Belo 1 e Jardim Campo Belo 2 (sul); Núcleo Residencial Paranapanema (suleste).
ORIENTAÇÕES
A Secretaria de Saúde de Campinas ressaltou que todas as ações de controle da dengue são as mesmas para controlar as demais arboviroses. A definição dos bairros é realizada pela equipe técnica da saúde, que monitora semanalmente uma série de indicadores para identificar criteriosamente as áreas de maior risco. A análise considera a incidência de casos, a densidade populacional, a intensificação dos trabalhos em regiões com imóveis de difícil acesso, a comunicação de risco, entre outros itens.
O alerta também se aplica aos bairros que estão no entorno das regiões indicadas. Com isso, moradores das proximidades devem permanecer atentos e eliminar criadouros do mosquito. As orientações valem também para toda cidade.
As visitas são feitas, principalmente, por funcionários da empresa contratada Impacto Controle de Pragas. Os agentes usam camiseta laranja com gola careca e logo da empresa silkado, enquanto o líder da equipe veste blusa verde com as mesmas características. Todos vestem calça na cor cinza, e têm crachá de identificação. Já voluntários de mutirões usam colete na cor laranja com a identificação e a frase "Campinas contra o mosquito".
SINTOMAS
Os sintomas da dengue, de acordo com o Ministério da Saúde, incluem febre alta, dores de cabeça intensas (especialmente atrás dos olhos), dores musculares e nas articulações, dor no corpo, dor nas costas, náuseas, vômitos, prostração e manchas vermelhas na pele. É importante buscar atendimento médico ao apresentar esses sintomas, especialmente se houver sinais de alarme como dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramentos e dificuldade para respirar.
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação. Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em Unidade de Pronto Atendimento.
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