Com isso, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) passa a contar com quatro empresas do setor, tornando a região um polo produtor de tecnologia para a transformação da luz solar em energia fotovoltaica
O local onde funcionará a nova empresa: 80 vagas abertas com início da produção previsto para janeiro (Carlos Sousa Ramos/AAN)
Campinas terá mais uma empresa de produção de painéis de energia fotovoltaica. Com um investimento de R$ 55 milhões, a Schutten We Brazil começa a produção a partir de dezembro. A nova fabricante é uma joint-venture formada pela chinesa Schutten Solar, uma das maiores do setor na China, com a brasileira We Brazil. Com isso, a Região Metropolitana de Campinas (RMC) passa a contar com quatro empresas do setor, tornando a região um polo produtor de tecnologia para a transformação da luz solar em energia fotovoltaica. Três dessas empresas estão em Campinas: a Dya Energia Solar, do grupo Tecnometal; a chinesa BYD; e agora a Schutten We Brasil. A quarta, a Globo Brasil, fica em Valinhos. Segundo o executivo da Schutten We Brazil, Alex Magno, a fábrica terá capacidade de produção de 100 megawatts por ano, com meta de atender o mercado brasileiro, a América do Sul e Estados Unidos. A fábrica será instalada em uma área de 10 mil metros quadrados na Rodovia Lix da Cunha, e vai contratar 80 funcionários. A produção dos painéis utilizará módulos importados, mas a partir de janeiro a produção já será local. O maquinário começa a ser montado no próximo mês. A Schutten Solar tem sede em Chuzhou e mais de 10 anos de experiência na fabricação de módulos fotovoltaicos com fábricas na China e Tailândia, onde emprega mais de mil funcionários e fatura cerca de US$ 1 bilhão por ano. A We Brazil atua no mesmo segmento no mercado brasileiro. A presença de mais uma empresa do setor de energia fotovoltaica na cidade, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico, Samuel Rossilho, mostra o acerto da política de atração de investimentos com base nas vocações de Campinas. A Schutten We Brazil, afirmou, já chega para atender uma encomenda de 50 MW e tem planos de ampliação. A empresa informou que o bom momento do mercado de energia solar no mundo e especialmente no Brasil permite planejar a duplicação da capacidade de produção nos próximos anos. Especificamente no Brasil, o crescimento está alavancado nos recentes leilões para usinas fotovoltaicas de produção em larga escala e no sistema de compensação para instalações solares menores. Um novo leilão de energia de reserva vai ocorrer em dezembro, onde além da energia solar fotovoltaica, tambémserão ofertados empreendimentos de geração de energia eólica. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) cadastrou 1.260 empreendimentos de geração de energia eólica e solar fotovoltaica, sendo 841 projetos eólicos e 419 fotovoltaicos, somando 35.147 Megawatts de potência instalada. Perfil inovador atrai cada vez mais companhias chinesas A região de Campinas vem atraindo as empresas chinesas que vêem na cidade um grande potencial de inovação tecnológica e crescimento sustentável. Antes da Schutten We Brazil, a BYD já havia anunciado o investimento de R$ 150 milhões em Campinas para a instalação da primeira fábrica de painéis solares fotovoltaicos no Brasil, ao lado de sua fábrica de ônibus elétricos, num investimento de R$ 250 milhões. A Lenovo, fabricante de computadores, também anunciou US$ 100 milhões em cinco anos em um centro de pesquisa e desenvolvimento na cidade, na área de software de servidores e ferramentas de automação. Em Indaiatuba, foi inaugurada recentemente uma fábrica de equipamentos para concreto da também chinesaZoomlion Cifa, ao custo de US$ 9,1 milhões. E em Capivari, a fábrica de fibra de vidro de outra chinesa,a CPIC, investiu US$ 30 milhões naampliação da capacidade.