eleições 2018

RMC prefere Bolsonaro presidente e Doria no governo

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) teria sido eleito no primeiro turno caso fossem considerados apenas os resultados da Região Metropolitana de Campinas (RMC)

Renato Piovesan
08/10/2018 às 07:48.
Atualizado em 06/04/2022 às 16:55

O candidato Jair Bolsonaro (PSL) teria sido eleito no primeiro turno caso fossem considerados apenas os resultados da Região Metropolitana de Campinas (RMC). O presidenciável teve mais de 50% dos votos válidos nas 20 cidades da região. Em 13 delas, contabilizou mais de 60% dos votos – isso sem contar Engenheiro Coelho, onde também ultrapassava a marca, mas apenas 55% das urnas haviam sido apuradas até a meia-noite de hoje. Bolsonaro foi escolhido por quase 1 milhão de eleitores em toda a RMC. Foram 956.122 votos, mais que a soma de todos seus demais concorrentes. Os números levam em consideração os resultados verificados até a meia-noite, quando apenas quatro municípios da região não haviam concluído as apurações. Pela ordem, os mais votados na RMC depois de Bolsonaro foram Fernando Haddad (PT), com 238.205 votos; Ciro Gomes (PDT), com 174.545 votos; Geraldo Alckmin (PSDB), com 95.709 votos e João Amoêdo (Novo), com 80.691 votos. Campinas Só em Campinas, cidade onde Bolsonaro foi registrado – nasceu em Glicério (SP) – e cursou a Escola Preparatória de Cadetes do Exército, o candidato do PSL contabilizou 335.308 votos, 55,81% do total. Também na briga pela Presidência, ficaram atrás de Bolsonaro em Campinas Fernando Haddad (PT), com 94.782 votos (15,78%); Ciro Gomes (PDT), com 76.548 (12,74%); Geraldo Alckmin (PSDB), com 33.254 (5,54%); João Amoêdo (Novo), com 31.854 (5,30%); Marina Silva (Rede), com 7.022 (1,17%); Henrique Meirelles (MDB), com 5.796 (0,96%); Cabo Daciolo (Patriotas), com 5.733 (0,95%); Guilherme Boulos (PSOL), com 5.450 (0,91%); Alvaro Dias (Podemos), com 4.051 (0,67%); Vera Lúcia (PSTU), com 391 (0,07%); Eymael (Democrata), com 360 (0,06%); e João Goulart Filho (PPL), com 219 (0,04%). Brancos e nulos Votos brancos e nulos chegaram a 114.676 na cidade, superando a quantidade de votos que nenhum dos concorrentes de Bolsonaro conseguiu alcançar no município. Antes do primeiro turno, Fernando Haddad chegou a fazer ato de campanha em Campinas, arrastando cerca de 2 mil militantes e simpatizantes no Largo da Catedral Metropolitana de Campinas. Já Bolsonaro, que se afastou das campanhas de rua depois do atentado a facadas sofrido dia 6 de setembro, não chegou a vir à cidade, que possui o 13º maior colégio eleitoral do País. Ainda assim, milhares de pessoas fizeram manifestações contra e a favor o candidato semana passada no Largo do Rosário. Governador Na disputa para governador de São Paulo, João Doria (PSDB) dominou as votações na RMC e venceu nas 20 cidades. O tucano somou 461.425 votos em toda a região, com destaque para Holambra, Indaiatuba, Itatiba, Morungaba, Santo Antônio de Posse e Vinhedo, onde superou a marca de 40% dos votos válidos. Paulo Skaf (MDB), que não foi para o segundo turno, foi o segundo mais votado na RMC, com 287.338 votos. Já o atual governador Márcio França (PSB), que brigará pela reeleição dia 28, ficou em terceiro na região, com 215.339 votos. Tucano Campinas seguiu a tendência do restante da RMC e teve João Doria como o mais votado, com 162.080 votos. Já Paulo Skaf foi escolhido por 98.190 campineiros, e Márcio França, por 89.072. Presidenciável do PSL ganha em 16 estados e no DF A disputa pela Presidência da República será decidida em votação de segundo turno entre o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, e Fernando Haddad, do PT. Bolsonaro obteve 46,4 % dos votos válidos (48,9 milhões de votos), tendo saído vencedor em 16 Estados e no Distrito Federal. Hadad obteve 28,9% dos votos válidos (30,6 milhões votos) e seu desempenho no Nordeste impediu que a onda bolsonarista invadisse também a região, o que teria levado a uma definição da disputa já no primeiro turno.  No total, Bolsonaro ganhou na totalidade das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Sua votação foi acompanhada por um desempenho surpreendente de aliados e correligionários em eleições majoritárias estaduais. O candidato do PSL, que praticamente iniciou a campanha sem acordos partidários, conquistou na reta final do primeiro turno bancadas de peso e deverá reunir condições de governabilidade caso venha a ser eleito. O filho do presidenciável, Eduardo Bolsonaro (PSL), bateu o recorde histórico de votos para a Câmara dos Deputados, com 1.751.748 votos ou 8,74% do eleitorado. Antes dele, era o ex-candidato à Presidência Enéas Carneiro. Ao todo, 12 governadores foram eleitos no primeiro turno, em uma eleição que teve o MDB e o PT como os grandes derrotados nas eleições estaduais. Ao mesmo tempo, partidos como o Novo, o PSC e o PSL conseguiram emplacar no segundo turno seus candidatos em Estados como Minas, Rio e Santa Catarina. Os dois partidos que formaram a chapa Dilma Rousseff e Michel Temer para a Presidência haviam eleito 12 governadores em 2014. Desta vez, só podem chegar a nove. A abertura das urnas revelou um revés para caciques do Senado, que não se reelegeram para um novo mandato de oito anos, embora estivessem em disputa duas das três vagas por Estado. A lista de derrotados é puxada pela cúpula da Casa: o atual presidente, Eunício Oliveira (MDB), ficou em terceiro lugar no Ceará, e o vice-presidente, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), em quarto na Paraíba. Ainda na disputa pelo Senado, dois favoritos petistas sofreram derrotas significativas — a presidente cassada Dilma Rousseff (MG) e o vereador Eduardo Suplicy (SP) não conseguiram se eleger para o Congresso. (Estadão Conteúdo)

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