Dados divulgados ontem pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) apontam que 32.620 postos de trabalho foram perdidos
Região soma cerca de 3,2 milhões de habitantes, dos quais pelo menos 250 mil estão desempregados (Carlos Bassan/PMC)
Dados divulgados ontem pela Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) apontam que 32.620 postos de trabalho foram perdidos na Região Metropolitana de Campinas (RMC) entre janeiro e maio de 2020. Segundo o levantamento, nos primeiros cinco meses do ano, 127.272 trabalhadores foram contratados, enquanto outros 159.892 foram demitidos. Trata-se de um número bem diferente do que foi registrado no mesmo período de 2019, quando o saldo foi de 8.282 postos abertos. A avaliação da entidade levou em consideração o cruzamento de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Instituto brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da População Economicamente Ativa (PEA) e da Mão de Obra Ocupada dos municípios. “Os números reforçam a nossa preocupação com a saúde das empresas. Se elas não conseguirem se manter, não conseguirão manter os funcionários e o quadro do desemprego na nossa região se agravará ainda mais", afirma a presidente da ACIC, Adriana Flosi. Dentre as vinte cidades que compõem a RMC, Campinas é quem apresenta o maior número de desempregados no ano: 96.912, um aumento de mais de dez mil demissões em relação ao mesmo período de 2019. Já Engenheiro Coelho, tem o menor número de profissionais descartados (575) entre janeiro e maio, o que representa uma quantidade abaixo do que havia sido computada no ano anterior (788). No entanto, ao analisar a taxa de desemprego e não a quantidade de desempregados, Morungaba é o município com o maior número percentual de demitidos nos primeiros cinco meses de 2020, com 17,98%. Ao todo, a cidade de 13.622 habitantes registrou 2.684 demissões. Logo atrás, aparecem: Paulínia (17,61%), Vinhedo (15,72%), Valinhos (15,37%) e Jaguariúna (15,33%). Por sua vez, Engenheiro Coelho (5,65%), Santa Bárbara do Oeste (8,15%), Santo Antônio de Posse (8,90%), Holambra (8,92%) e Hortolândia (9,8%) foram os municípios que computaram as menores taxas de desemprego desde o inicio do ano. Em Campinas, o índice ficou em 12,94%. Segundo a Acic, a taxa média de desemprego na região foi 12,18% nos cinco primeiros meses de 2020. “No mesmo período de 2019 era de 10,72%, o que representa que houve um aumento de 1,46%”, explica o economista da ACIC, Laerte Martins. Ao todo, a RMC possui pouco mais de 3,2 milhões de habitantes, dos quais mais de 250 mil estão sem empregos. “O quadro geral de desemprego é de 253.125 trabalhadores, contra 220.505 do mesmo período do ano passado, um crescimento de 14,79% no número de desempregados”, ressalta Laerte.