CONECTIVIDADE VERDE

RMC lança plano para ajudar cidades a preservar ambiente

Vista parcial da cidade de Campinas, a partir de uma elevação na área de proteção ambiental do distrito de Joaquim Egídio: ações para promover o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade das espécies

Gilson Rei/ Correio Popular
10/04/2021 às 12:47.
Atualizado em 21/03/2022 às 22:38
Vista parcial da cidade de Campinas, a partir de uma elevação na área de proteção ambiental do distrito de Joaquim Egídio: ações para promover o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade das espécies (Ricardo Lima/ Correio Popular)

Vista parcial da cidade de Campinas, a partir de uma elevação na área de proteção ambiental do distrito de Joaquim Egídio: ações para promover o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade das espécies (Ricardo Lima/ Correio Popular)

Ações para promover o desenvolvimento sustentável e a biodiversidade das espécies, criar corredores verdes, conectar áreas verdes remanescentes e agilizar programas de combate ao aquecimento global vão começar a ser implantadas de forma integrada nos 20 municípios da Região Metropolitana de Campinas (RMC).

O plano para a implantação da Área de Conectividade Verde na RMC foi lançado oficialmente em cerimônia virtual na quinta-feira passada pela ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, que é uma rede global de mais de 1.750 governos locais e regionais comprometida com o desenvolvimento urbano sustentável.

Ativa em mais de 100 países, a entidade colabora com as políticas de sustentabilidade e impulsiona a ação local para o desenvolvimento equitativo, resiliente e circular para baixar a emissão de carbono, baseado na natureza. O ICLEI foi fundado em 1990 por 200 governos locais de 43 países, que se reuniram no primeiro Congresso Mundial de Governos Locais por um Futuro Sustentável na sede das Nações Unidas em Nova York. Nossas operações começaram em 1991, no Secretariado Mundial em Toronto, Canadá.

A Área de Conectividade Verde na RMC para estabelecer eixos verdes em todos o municípios foi ratificada por representantes dos governos municipais, federal e estadual; por representantes da Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp); e pela embaixada da Alemanha no Brasil, dentre outros. Documentos que reafirmam o compromisso foram assinados pelos participantes.

A RMC é a primeira região metropolitana do país a lançar uma estratégia regional para a biodiversidade de forma colaborativa entre os municípios. O plano é um guia que apresenta os caminhos que deverão ser percorridos pelos 20 municípios da RMC na implementação da Área de Conectividade Verde.

O plano prevê que a Área de Conectividade será baseada em infraestrutura verde e azul, como parques lineares, arborização urbana (integração das águas e das áreas verdes), impulsionando a economia verde e circular, além de fortalecer os sistemas de Unidades de Conservação, recuperar Áreas de Preservação Permanentes (APP), conservar bacias hidrográficas e prevenir o atropelamento de animais silvestres.

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Gustavo Reis, prefeito de Jaguariúna e presidente do Conselho de Desenvolvimento da RMC, destacou a importância do plano. "Entendo como fundamental a discussão e a implementação desse plano, que estabelece um novo paradigma para a gestão regional da biodiversidade e do meio ambiente. A questão ambiental é central hoje em qualquer discussão estratégica, seja em municípios ou estados, seja em países e também no setor empresarial. Não há como dissociar o futuro da humanidade e das nações da preservação ao meio ambiente. E essa é uma atitude que devemos ter também em nossa região", disse.

A Secretaria do Verde de Campinas, em conjunto com técnicos das secretarias ambientais dos outros 19 municípios da RMC, já elaboraram um traçado regional que interliga as áreas verdes de interesse ecológico que, na maioria das vezes, estão fragmentadas. Esse traçado tem por objetivo recuperar e conservar a fauna e a flora.

Rogério Menezes, secretário do Verde, destacou a importância da articulação regional para a recuperação ambiental com a valorização dos serviços ecossistêmicos e em defesa da biodiversidade. "Traz entusiasmo e esperança em um momento de apreensão e dor com tantas vidas perdidas todos os dias. Que as ações na RMC possam salvar vidas também de animais silvestres, em contexto de desenvolvimento sustentável regional, prevenindo-se com isso novas epidemias".

Rodrigo Perpétuo, do ICLEI, informou que o Plano de Ação destaca o papel fundamental da articulação metropolitana.

"Trata-se de um instrumento inovador, que protagoniza o trabalho dos governos locais enquanto principais implementadores dos acordos internacionais de biodiversidade, além de posicionar a RMC, junto do ICLEI, na vanguarda desta trajetória", afirmou.

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