Em sete dias, a média diária foi de 693 registros, queda de 29,04% na comparação com a semana anterior
(Cedoc/RAC)
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) apresenta queda em novos casos e mortes por Covid-19 nos últimos dias. Em sete dias, a média diária de novos casos foi de 693 registros, uma redução de 29,04% na comparação com a semana anterior. As mortes também tiveram redução: a média móvel de novos registros nos últimos sete dias foi de 21 por dia, queda de 24,21% em relação à semana anterior. A melhora, que também vem ocorrendo em todo o Estado, precisa, no entanto, ser olhada com cautela. O coordenador do Observatório PUC-Campinas, Paulo Ricardo Salles, disse que, do ponto de vista estritamente estatístico, vem ocorrendo queda nos registros de casos e mortes na RMC. "Além de mostrar uma tendência de queda, estamos vendo uma redução de fato quando fazemos a avaliação pela média de casos e mortes, que é um indicador bastante aceito, inclusive internacionalmente", disse. Quando a média móvel for de até 15%, é considerado estável. Se for acima de 15% positivos, está em crescimento. Se for mais de 15% negativos, está em queda. As 20 cidades da região somam 58.291 infectados pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, e 1.798 mortes. Ontem foram registrados 407 novos casos e 25 mortes, queda de 63% nos casos e alta de 9% nas mortes em relação à sexta-feira da semana passada. A incidência da Covid-19 está em 1.825 casos por 100 mil habitantes e as mortes em 56 por 100 mil habitantes, alta de 9% em sete dias. A letalidade, que é a proporção de mortes em relação aos casos confirmados, está em 3,08%. A maior incidência de infectados pelo coronavírus por 100 mil habitantes ocorre em Paulínia, que registra taxa de 3.900,1 e a menor, em Morungaba, com 558,6. A incidência em Campinas está em 2.113,4. A maior taxa de mortalidade por 100 mil habitantes é de Campinas, com 79,7, e a menor, de Pedreira, com 10,7. Já a maior letalidade é de Indaiatuba, onde 5,11% dos infectados morreram, e a menor, em Holambra, de 0,94% A tendência de saída do platô está ocorrendo em todo o Estado, segundo o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM). Há melhora nos três índices utilizados pelo governo para a classificação das regiões do Plano SP de flexibilização. Houve redução de 51% de novos casos de Covid-19 na Capital, de 22% na Grande São Paulo e de 13% no Interior. Já em relações aos óbitos, a redução no interior foi de 12% e de 24% na Capital. A capacidade hospitalar para atendimento de doentes graves da Covid-19 aumentou e permitiu que hoje, em todas as regiões, haja mais de 20% de leitos de UTI disponíveis. "São bons sinais que indicam que a epidemia em São Paulo está em declínio e o Estado começa a sair do platô. Esses bons sinais nos fortalecem no enfrentamento à pandemia, mas devem ser registrados com muita prudência”, afirmou. Na reclassificação das regiões ontem no Plano SP não há mais nenhuma na fase vermelha, a mais restritiva. As regiões de Franca e Registro, que estavam na fase vermelha, progrediram para a laranja. Com piora acima da média nas taxas de casos, internações e mortes de pacientes com coronavírus, as regiões de Marília e São João da Boa Vista regrediram da fase amarela para a laranja. "Temos hoje 88,3% da população do Estado na fase amarela, reflexo do controle da pandemia, mesmo com progressão das flexibilizações", disse o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn. "Apesar da melhora, o Estado segue em quarentena. Precisamos mais do que nunca manter nosso compromisso com os protocolos, uso de máscaras e as medidas de distanciamento e isolamento, principalmente para os grupos de risco", afirmou.