Campinas tem maior número, com 55 postulantes; em seguida vem Americana, com 14 nomes
Campinas tem maior número, com 55 postulantes; em seguida vem Americana, com 14 nomes (Cedoc/RAC)
A Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem 123 candidatos disputando a eleição este ano, número 15,7% inferior ao pleito de 2014, quando 146 concorreram a uma vaga na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal. Campinas é a cidade com mais nomes na disputa: são 55 candidatos. Americana tem 14 nomes, Santa Bárbara d’Oeste tem 9 e Indaiatuba, 8. O PSOL lançou o maior número de candidatos. São 12 na região, entre estaduais e federais, seguido do PT com oito e Novo, PR, Patriota, PSL e MDB, que concorrem com sete por legenda. O grande número de candidatos, segundo o cientista político Henrique Spinola, do Centro de Estudos Políticos e Sociais, acaba reduzindo as possibilidades de eleger muitos candidatos para representar a região. Em 2014, por exemplo, quando 146 disputaram da eleição, a RMC elegeu seis deputados estaduais e seis federais. “Nesta eleição, a representação regional na Assembleia e na Câmara não deve ser superior”, avalia. Bancadas atuais Em 2014 a região elegeu Carlos Sampaio (PSDB), Paulo Freire (PR), Roberto Alves (PRB), Luiz Lauro Filho (PSB), Ana Perugini (PT) e Vanderlei Macris (PSDB) para deputados federais. Para a Assembleia Legislativa foram eleitos Feliciano Filho (PEN), Célia Leão, (PSDB), Davi Zaia (PPS), Cauê Macris (PSDB), Chico Sardelli (PV) e Rogério Nogueira (DEM). Para Spinola, a eleição deste ano tem um complicador no financiamento das campanhas, que acaba deixando os candidatos menos conhecidos e com potencial duvidoso de votos em segundo plano na hora de distribuir os recursos. Segundo ele, a reforma eleitoral impediu a doação de recursos por empresas, mas não estabeleceu um teto para as doações de pessoas físicas, o que aumenta a chance de o eleitor com mais recurso investir forte em candidato do seu interesse e elegê-lo. A lei eleitoral definiu que as doações de campanha por pessoas físicas a candidato ou partido político são limitadas a 10% do rendimento bruto declarado do doador no ano anterior ao da eleição. As mudanças nas regras do financiamento das campanhas podem justificar o menor número de candidatos em 2018. À espera do registro Entre os 123 que estão na disputa, quatro estão concorrendo sub judice. São eles, Mirlei Casale (PT), de Indaiatuba, Anizio Tavares (DC) de Santa Bárbara d’Oeste, Gilson Carlos (Avante), de Americana e Ricardo Guidi (DC), de Vinhedo. Esses candidatos podem realizar todos os atos de campanha eleitoral, inclusive participar do horário eleitoral gratuito e obter votos no dia da eleição, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quando um candidato concorre ao cargo eletivo sub judice, significa que seu registro de candidatura aguarda uma decisão final no recurso. Como não é possível saber se a sentença será ou não favorável ao recorrente, a lei permite que ele participe efetivamente do processo eleitoral, para evitar prejuízos irreparáveis, tanto ao candidato como para a sociedade.