CAMPINAS

Rios na região alcançam vazão acima da média

Chuvas recentes elevaram o Piracicaba e o Atibaia, mas queda de nível também é rápida porque cidades não têm reservatórios para armazenar a água

Maria Teresa Costa
23/03/2015 às 20:49.
Atualizado em 23/04/2022 às 19:08
O Rio Piracicaba, cheio, próximo ao Engenho Central ( Antonio Trivelin/Gazeta de Piracicaba )

O Rio Piracicaba, cheio, próximo ao Engenho Central ( Antonio Trivelin/Gazeta de Piracicaba )

As chuvas elevaram a vazão dos rios no final de semana, mas as horas de estiagem que se seguiram foram suficientes para provocar uma queda significativa no volume de água. O Rio Piracicaba, que no domingo registrou uma vazão de 267,04m3/s na região central, sofreu uma redução de vazão para 190,58m3/s nesta segunda-feira (23), mas mesmo assim ainda ficou 12,8% acima da média história de março.   Já o Rio Atibaia, que no sábado (21) estava com 40,7m3/s de vazão em Campinas, caiu nesta segunda-feira para 33,8m3/se ainda assim está acima da média histórica de março em 12,5%. O grande volume de água ocorreu em função das chuvas que atingem  desde a saída do Sistema Cantareira e nos seus afluentes.   Sem armazenamento   O maior problema é não poder armazenar toda essa água porque não há reservatórios construídos em Campinas e nem em boa parte das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Sem isso, a água da chuva que chega ao Rio Atibaia segue para o Piracicaba, que deságua no Tietê, que por sua vez deságua no Rio Paraná e depois no Rio da Prata (na Argentina) e vai parar no mar.   “A água que não seguramos aqui vai parar na Argentina”, disse o secretário executivo do Consórcio PCJ, Francisco Carlos Lahoz. O sistema está liberando pouca água para as Bacias PCJ desde o início do período chuvoso, para poder aumentar as reservas nas barragens. É apenas 0,45m3/s descarregado nos mananciais da bacia, sendo 0,30m3/s no Atibaia, que abastece Campinas, e 0,15m3/s no Rio Jaguari.   Nova alta   Nesta segunda-feira, os reservatórios do Sistema Cantareira operaram com 17,1% da capacidade, 0,5 ponto percentual acima do índice de ocupação registrado no domingo pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Cetesb). Apesar da elevação no nível, o conjunto de represas ainda opera no chamado “volume morto”, ou seja, apenas com a água de suas reservas, localizadas abaixo das comportas do complexo.   Entraram nos reservatórios nesta segunda-feira 64,22m3/s e foram retirados 0,45m3/s para as Bacias PCJ — como já ocorre desde o início do ano — e 10,72m3/s para a Grande São Paulo.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por